Os ginásios da ilha de São Vicente voltaram a ser encerrados esta semana, na sequência do aumento exponencial de casos positivos de covid-19 na ilha. A medida apanhou frequentadores e proprietários de surpresa.
Quase quatro meses após terem sido reabertos, os ginásios de São Vicente voltam a ser encerrados. Desde última segunda-feira frequentadores e proprietários de ginásios locais foram pegos de surpresa com a medida por decreto governamental.
Marlon Mota, proprietário do ginásio Malu Djim, localizado na zona de Espia, recorreu às redes sociais para informar os seus utentes da medida. Este, tal como alguns dos frequentadores do ginásio está indignado e não descarta a possibilidade de organizar uma manifestação para fazer as autoridades recuarem na decisão.
“Vejo como todos estão descontentes. Temos que nos juntarmos aos outros ginásios para que nos dêem uma solução e se não nos disserem nada, temos que fazer uma manifestação e tem que ser em massa para mostrar que a população de São Vicente e Cabo Verde tem força”, escreveu Marlon Mota num comentário à publicação.
O ginásio Energia, em Chã de Cricket também recorreu às suas redes sociais para dar conta do encerramento do espaço. “Por ordem do decreto relativo a todos os ginásios de São Vicente, encontramo-nos encerrados até segundas ordens”, escreveu a direcção do ginásio.
Em entrevista ao online Notícias do Norte, o proprietário do Ginásio Energia, Éder Castro, disse que a situação apanhou a ele e aos utentes do ginásio de surpresa. E, tendo em conta o volume do investimento, este proprietário adivinha prejuízos futuramente com esta nova paragem.
Os ginásios foram encerrados na segunda-feira (5) pela Inspecção-Geral das Actividades Económicas numa acção conjunta com a Polícia Nacional. A medida vem na sequência do aumento aumento exponencial de casos positivos de covid-19 em São Vicente. A ilha registava até ontem (6 de Outubro) 18 casos acumulados de covid-19.
Sabe este online que desde a reabertura dos ginásios em São Vicente no passado dia 15 de Julho, estes espaços adoptaram uma série de medidas para diminuir o risco de propagação do vírus entre utentes. Logo à entrada dos ginásios estes têm a sua disposição soluções de álcool-gel para higienizar as mãos. Cada equipamento de treino possui um frasco com uma mistura de água e lixívia para a sua higienização sempre que estiver para ser utilizado.
O distanciamento social é uma das exigências, ainda que nem sempre esteja a ser cumprida. Outro facto que convém realçar prende-se com a diminuição de utentes nos ginásios durante a sua reabertura e consequentemente, nalguns casos, o aumento do valor mensal para se poder treinar nos ginásios.
