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Covid-19

Orçamento de Estado 2021 vai garantir despesas obrigatórias e incentivos às empresas

O Orçamento de Estado (OE) de 2021  visa garantir as despesas obrigatórias e as medidas de incentivos para  as empresas, revelou ontem, na Cidade da Praia,  a  secretária de Estado para a Modernização Administrativa.

 

Em declarações à imprensa, depois da reunião de Conselho de Concertação Social, Edna Oliveira destacou, de entre as medidas de incentivos às empresas, a manutenção das linhas de crédito para o reforço da tesouraria, bem como a criação de uma outra linha de crédito para novos investimentos.

Segundo a mesma fonte, o OE prevê ainda medidas e linhas de crédito para o financiamento de micro e pequenas empresas, assim como para o sector do espectáculo “que ainda não foi contemplado com nenhuma medida excepcional, no âmbito da pandemia”.

“De acordo com o contexto macro-económico que estamos a viver, este orçamento é adveniente da pandemia da covid-19”, justificou a governante, apontando que a ferramenta vai recorrer ao endividamento externo.

Em relação ao regime  simplificado de suspensão  de contrato de trabalho (lay-off), Edna Oliveira reforçou que a medida vai vigorar até 31 de Dezembro.

Por sua vez, o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz,  disse  que os interesses  dos trabalhadores foram salvaguardados, naquele que vai  ser o primeiro Orçamento do Estado após o surgimento da covid-19.

“Houve um consenso geral, não é um orçamento igual aos outros, mas levantamos algumas questões que têm a ver com o poder de compra dos trabalhadores”, ressaltou o sindicalista, destacando a situação dos funcionários do “escalão mais baixo” da administração pública.

Esses trabalhadores, segundo José Manuel Vaz, precisam de nivelamento salarial quando essa equiparação fora assumida pelo Governo.

A pendência  em relação aos professores relativamente à não redução da carga horária e a situação da transição de carreira dos enfermeiros, foram outras questões levantadas pelo  representante dos trabalhadores.

A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS),  disse ter saído com “desalento” dessa reunião, por ter ficado para trás o acordo de concertação estratégico, no que concerne às reivindicações  dos trabalhadores.

Joaquina Almeida  apontou, neste particular, a revisão dos estatutos do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e o não aumento do salário mínimo nacional.

C/Inforpress

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