O MpD mostrou-se hoje preocupado com a paralisação das obras do programa “Casa para Todos”, “por falta de cumprimento do Governo”, mas a administração da IFH avançou que “brevemente” as obras funcionam a 100% por cento.
O vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD), Luís Filipe Tavares manifestou esta preocupação à saída hoje de um encontro com o Conselho de Administração da Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH), e promete continuar a acompanhar este processo que, a seu ver, tem conduzido muitos trabalhadores à casa, “numa altura em que o desemprego é importante em todo o País”.
Para Luís Felipe Tavares, num país com uma taxa de desemprego nos 16 por cento torna-se preocupante quando paira nos trabalhadores e nas associações dos empresários e dos empreiteiros da construção civil, esta preocupação, “sobretudo quando o Programa Casa para Todos tem um impacto nos Orçamentos de Estado dos próximos anos e na dívida pública de Cabo Verde”.
O vice-presidente do maior partido da oposição disse que o impacto do Programa Casa para Todos tem um grande choque no desemprego, e aponta uma estimativa em cerca de 3500 pessoas que poderão ir para o desemprego, se as coisas não se resolverem até ao final do mês.
“Continuamos com as mesmas preocupações porque as empresas ainda não retomaram as obras. Não foram pagas, há promessas do Governo mas o problema continua”, explica Luís Filipe Tavares que promete conversar com o executivo e posteriormente com os empreiteiros para em tempo certo o partido que representa fazer uma análise global do programa Casa para Todos.
Segundo disse, o MpD tem uma política para a habitação diferente da do Governo, mas de momento está interessado em conhecer “muito bem” a política do Governo em relação à Casa para Todos, ao mesmo tempo que volta a alertar para a necessidade da criação de uma comissão parlamentar para fazer o acompanhamento deste programa.
Já o presidente do Conselho de Administração da IFH, afirma que as negociações entre Cabo Verde e Portugal estão a decorrer para que “muito em breve as obras funcionem a 100 por cento, asseverando, entretanto, que “as obras continuam a funcionar normalmente”.
Paulo Soares reconhece que o programa Casa para Todos conta neste momento com obras que efectivamente reduziram de forma significativa o número de trabalhos por dificuldade de tesouraria, mas garante que os serviços mínimos “estão a aguentar, trabalhando aos poucos”.
Garantiu, por outro lado, que o Governo, através da IFH, já iniciou o pagamento através das contrapartidas em finais de Maio para assumir o compromisso com as empresas com vista à retoma efectiva das obras, no quadro da prorrogação por parte de Portugal, das linhas de crédito em relação ao projecto.
Fonte: Inforpress
MPD diz-se preocupado com o impacto da paralisação das obras do programa “Casa para Todos”
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