O Governo de Cabo Verde deu entrada esta quinta-feira,24, com um processo no Tribunal da Praia, para arrestar o único boeing ainda afecto à TACV/CVA.
Segundo apurado pelo A NAÇÃO, o pedido de arresto, do boeing da TACV/CVA deu entrada hoje mesmo no Tribunal da Praia, e tem como intuito que o avião venha a servir como garantia para pagar as dívidas da companhia junto de credores e fornecedores.
Recorde-se que domingo passado, Ulisses Correia e Silva, disse publicamente na televisão pública de Cabo Verde, que o Governo quer reaver o controlo da companhia, e os 51% das acções da companhia compradas, em 2019, pelo consórcio islandês, aquando da privatização da TACV. Ulisses alegou estarem em causa os interesses do país.
Isto, depois do voo de retoma das operações, agendado para sexta-feira,18, ter sido impedido de levantar voo pela ASA. Na altura os islandeses alegaram falta de coordenação entre ASA e a companhia, e negaram haver dívidas pendentes com empresa de aeroportos e segurança aérea.
Mas, conforme o semanário A NAÇÃO deu à estampa, esta quinta-feira,24, na sua edição nº721, cansado de ser o único a injectar dinheiro na TACV/CVA, o Governo quer livrar-se, de uma vez por todas, da Lofleidir Icelandic, que detém 51% do capital social dessa transportadora aérea cabo-verdiana.
Aliás, conforme apurado, partiu do próprio Executivo a ordem para a ASA impedir o voo de retoma da passada sexta-feira, 18, um “golpe” que apanhou os islandeses de surpresa. (leia mais na edição semanal nº721 de 25 de Junho)
Agora, este pedido de arresto do único boeing ainda afecto à companhia deixa clara a decisão do Governo em se apoderar novamente da TACV.