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Covid-19

São Nicolau: Idosa sofreu AVC hemorrágico horas após ser vacinada e faleceu 15 dias depois 

O delegado de saúde substituto da Ribeira Brava, Orlando Andrade, alega que a trombose hemorrágica nunca esteve associada à vacinação e que não há dados que permitam ligar o caso ao imunizante da Astrazeneca.

Uma senhora de 83 anos, de nome Germana Tavares, teve uma trombose hemorrágica horas depois de receber a primeira dose da vacina Astrazeneca, no município da Ribeira Brava, São Nicolau

Segundo os familiares, Germana, mais conhecida por Mana, foi vacinada na manhã de segunda-feira, 05 de Abril. 

No final do dia, à hora do jantar, sentiu-se mal e foi levada de emergência ao banco de urgências e internada em estado de coma. 

A vítima faleceu por volta das 12h desta sexta-feira,16.

Delegado de saúde sem elementos para associar caso à vacina

O delegado de saúde substituto no município da Ribeira Brava, Orlando Andrade, diz entender que os familiares queiram investigar o caso.

Entretanto, explica, as dúvidas levantadas sobre a vacina da Astrazeneca, e não confirmadas pela Organização Mundial da Saúde, estiveram ligadas à trombose isquémica, ou seja, através da formação de coágulos sanguíneos, o que não se aplica ao caso em questão.

“A paciente deu entrada no hospital com um quadro AVC hemorrágico e não de coagulação de sangue”, explica, adiantando que os familiares estão corretos em querer saber se o caso está ligado, ou não, com a vacinação, mas que enquanto médico, não tem como provar qualquer ligação.

Mesmo assim, garante, o óbito foi notificado como um caso que tomou a vacina e que, muitas horas depois, sofreu um AVC hemorrágico.

Quadro clínico não permitiu evacuação

Sobre o facto de a vítima ter permanecido internada em São Nicolau por duas semanas, o médico esclarece que o quadro clínico era grave, estando a paciente em coma, o que não permitia a evacuação para São Vicente.

Entretanto, assegura, foi tratada em conformidade com o quadro e com o apoio constante de uma médica neurologista, a partir da cidade da Praia.

Orlando Andrade avança ainda que, embora não conhecesse a paciente como uma pessoa com doença crónica, “de acordo com familiares”, a vítima havia, em outras situações, sofrido com algum problema de saúde, nomeadamente ligada à tensão arterial, mas que não se deslocava ao hospital.

Quanto ao funeral da vítima, o médico explica que o caso foi tratado de acordo com o protocolo aplicado no momento, e que, inclusive, o filho concordou que fosse realizado no mesmo dia.

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