O presidente da Associação Ambientalista Biosfera 1, Tommy Mello, foi selecionado entre 200 participantes, a nível mundial, pelo programa especializado da Edinburgh Ocean Leaders (EOL), tendo sido, posteriormente, um dos oito premiados pelo seu trabalho de liderança em projetos ambientais ligados à biologia de alto mar, pesca e legislação ambiental, conservação e economia azul.
Fazer parte da lista dos oito finalistas internacionais para o ano de 2021 que foram escolhidos por 30 especialistas do EOL, num processo sigiloso foi, segundo o biólogo
marinho, uma surpresa.
“Não sei quem me indicou para a bolsa, não conheço o painel de 30 pessoas que fez as nominações a nível mundial. Mas o que interessa é que fui informado sobre a nomeação e que passei no primeiro processo de seleção. Posteriormente, fui novamente contactado e informado que passei à final e ganho a bolsa para a formação”, explicou Tommy Mello à RCV.
A formação será ministrada na Universidade de Edimburgo, na Escócia, e devido à pandemia a formação acontecerá, igualmente, ‘online’.
Conforme o ambientalista, o objetivo principal da bolsa é facultar “um conjunto de ferramentas e bagagens” que possam proporcionar aos selecionados as melhores
condições para enfrentarem as mais diversas problemáticas ligadas aos oceanos a nível mundial e local, pois Cabo Verde um país arquipélago e é “severamente afetado por
políticas que têm sido criadas à volta da gestão dos oceanos”.
Nos próximoS 18 meses Tommy Mello e os outros sete selecionados estarão frente a frente com líderes mundiais para debaterem os grandes temas relacionados com os
oceanos.
“Iremos nos sentar à mesa com grandes líderes mundiais onde eles poderão explicar o porquê das decisões e das políticas que têm sido tomadas a nível mundial (…) e
entendimento pode ser uma ferramenta essencial para manobrar através destas problemáticas que afetam os oceanos hoje em dia. As vezes é preciso entender o cenário
global para se poder contornar melhor tais problemáticas”, acrescentou Mello.
Por conseguinte, O presidente da Biosfera1 mostra-se pessoalmente muito satisfeito, mas também a nível coletivo.
“O prémio é de todos, ou seja, teremos em Cabo Verde alguém com uma formação de alto nível para lidar com as problemáticas que temos vindo a enfrentar diariamente, a
própria Biosfera1 terá uma melhor ferramenta no seu ‘staff’ e eu terei grandes contrapartidas com essa formação”, concluiu Tommy Mello.
C/RCV