Com 4,4 milhões de toneladas no último ano, Angola supera a Tanzânia e é também o sétimo na classificação mundial dominada pela Índia que contabiliza 29,7 milhões toneladas de produção.
Angola tornou-se, nos últimos seis anos, no maior produtor africano de banana e o sétimo no mundo com uma oferta de 4,4 milhões de toneladas, de acordo com a mais recente tabela do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
A notícia não deixa de ser espectatular tendo em conta que, por causa da longa guerra no país, só agora, com a paz, Angola volta a despontar como um grande produtor e exportador de banana. Portugal, Espanha, Zâmbia, Congo são alguns dos importadores de Angola e estudam-se as vias para fazer chegar a fruta aos Estados Unidos, o maior consumidor mundial.
Liderados pela Índia, com 29,7 milhões de toneladas, a China surge a seguir com 12,9 milhões do total de 88,5 milhões de toneladas de banana ao ano disponibilizadas pelos 10 maiores produtores mundiais.
Os dados da FAO indicam que, em média, aproximadamente 25% da produção mundial total de bananas e frutas tropicais tem origem na América Latina e no Caribe, com um volume de produção anual de aproximadamente 54 milhões de toneladas entre 2016 e 2018 (média de três anos). Com um consumo per capita total anual combinado de 55 quilogramas de banana e outras frutas tropicais, a região também é uma das principais consumidoras dessas frutas em todo o mundo.
Mais importante ainda, avançam pesquisas, as remessas de bananas e das principais frutas tropicais de fornecedores da América Latina e Caribe respondem por aproximadamente 75% das exportações mundiais, com um volume médio anual total de 25 milhões de toneladas durante o triénio de 2016 a 2018. Destes, 80% vai para os mercados dos países desenvolvidos, principalmente para os Estados Unidos e União Europeia.
Entre 2016-2018, estimou-se um valor total das exportações de bananas e das principais frutas tropicais da América Latina e do Caribe em cerca de 11 mil milhões de dólares, dos quais a banana e o abacate representaram 6 e 3,5 mil milhões, respectivamente.
Um dos responsáveis por esta proeza angolana é o empresário José Macedo, da Nova Agrolíder. A sua empresa exporta 1.200 toneladas para Portugal e Espanha e 160 para a África do Sul.
C/Jornal de Angola
(Publicado na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 694, de 17 de Dezembro de 2020)