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Economia

Empreendedorismo: Jovens apostam em negócios próprios e triunfam

Airton Santos, Eurytse de Pina e Edmilson Ramos são o exemplo de que triunfar no empreendedorismo é possível. Sentido de oportunidade e realização pessoal são o denominador comum para o sucesso.

A “vontade de fazer” foi o que levou Airton Santos, de 27 anos, a empreender e começar a vender comida fast food. Devido à pandemia, o jovem viu o seu salário reduzir, então resolveu aproveitar a sua experiência como supervisor de bar em um hotel, na ilha do Sal, e fazer comida fast food para serviço de entrega ao domicílio.

“A covid-19, e também a redução do salário, a 75%, fizeram com que eu começasse a fazer pizzas e hambúrgueres. Desde o dia 1 de Junho, que estou nessa empreitada e é apenas o primeiro passo para ter o meu próprio negócio”, conta Airton, acrescentando que tem tido muita procura e está a ser uma boa experiência.

De hobby a tempo inteiro

Eurytse de Pina ou “Pretinha do Sabor”, 23 anos, é uma confeiteira que faz bolos e salgados para aniversários e lanches, gelados, pudim e salgados no pote, em São Vicente. 

“A minha paixão pela cozinha, inspirada pela minha mãe, o gosto por novas experiências e sabores, assim como a necessidade de trabalhar, fizeram com que eu investisse no meu próprio negócio”, diz.

Não demorou muito a expandir e a ganhar clientes. “Começou como hobby, mas, agora, o meu trabalho tem tido muita visibilidade. É muito gratificante poder receber elogios e ver os meus clientes satisfeitos e a recomendarem os meus serviços a outras pessoas”, declara Eurytse.

Inovar

Quem também está satisfeito com o seu negócio é Edmilson Ramos. Tem 26 anos e tem a sua própria empresa de pescados. “Mindel Ocean” surgiu há três anos. Uma aposta que se transforma em uma certeza.

“Eu sempre fui ligado à área das pescas. É algo que está no sangue e na família, então só decidi, de uma forma inovadora, não sair do mesmo ramo criando uma empresa destinada ao comércio e indústria de pescados”, conta Edmilson.

Com o objetivo de abranger e corrigir algumas lacunas no mercado nacional, nomeadamente falta de estoque devido a épocas baixas, a microempresa do jovem empreendedor vai além de uma peixaria.

“Nós também fazemos processamento, embasamento e criamos novos produtos derivados da nossa matéria-prima. Fazemos entregas ao domicílio e também o comércio a grosso para hotéis, restaurantes e revendedores. Neste momento, temos fornecedores em quase todo o país – São Nicolau, São Vicente, Santo Antão, Santiago e Maio”, explica Edmilson.

Planos para o futuro

A realização pessoal é a maior motivação para esses jovens empreenderem. Os planos de expansão dos negócios caminham de mãos dadas com o bem-estar. 

Eurytse perspetiva abrir a sua própria pastelaria/confeitaria. “Muitas pessoas das outras ilhas perguntam acerca do meu trabalho e a possibilidade de envio para essas ilhas. Logo quando tiver a minha empresa física, é uma possibilidade, já que há demonstração de interesse por parte dessas pessoas. Já enviamos encomendas para Santo Antão, o que é uma porta aberta”, conta.

Já Airton garante que tem planos para “desenvolver” a sua empresa – Air Burguer. “Um ambiente aconchegante, de música, diversos tipos de hambúrguer, pizza e muito mais”, avança sobre o que parece ser a criação de um espaço próprio.

Quanto a Edmilson Ramos, não gosta de falar em planos concretos, mas tem as suas metas. “Planos, não tenho, mas a ideia é chegar a todos os pontos do país e não só. Eu levo um dia de cada vez tentando sempre melhorar a qualidade do serviço e inovar. A chave do meu negócio está em surpreender e inovar a qualidade da mercadoria”, conclui.

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