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Política

Partido Popular: Cabo-verdianos pagam muito caro por uma saúde inadequada e que não satisfaz

O vice-presidente Felisberto Semedo fez estas declarações à Inforpress durante a reunião quinzenal da Direcção Nacional do Partido Popular (PP), realizada este domingo na cidade da Praia.

Conforme avançou, durante o encontro abordaram temas como a Taxa Moderadora nos hospitais do Estado, o Fundo do Ambiente, os casos de denúncias de turismo sexual no Sal e a criação pela Câmara Municipal da Praia de um fundo para a legalização de cerca de 25 mil habitações em situações de ilegalidade.

Para este responsável, o PP nunca foi a favor da aplicação da Taxa Moderadora dos hospitais em Cabo Verde, isto porque, ajuntou, o nível de vida da maioria das famílias é muito baixo e existem hospitais que não têm equipamentos adequados para a realização de exames que são cobrados a um preço muito elevado nas clínicas.

“Nós nunca concordamos com a cobrança dessa taxa que inclui as fichas de entrada que custam 300 escudos, a cama que custa dois mil escudos e sem falar dos exames que muitos pacientes fazem nas clínicas a um preço elevado”, disse, afirmando que se dentro do montante do Fundo do Ambiente pelo menos uma parte do dinheiro tivesse sido canalizado para o sector da saúde hoje Cabo Verde teria uma “saúde melhor e cabo-verdianos bem servidos”.

Abordando a questão do Fundo do Ambiente, o membro do PP considerou as últimas revelações feitas pelo ex-director Moisés Borges como sendo “graves”, porque, justificou, dos 920 mil contos transferidos para as câmaras e associações não foi feita a prestação de contas dos envolvidos, pelo que, apela à Procuradoria Geral da República que apure os factos.

Felisberto Semedo criticou por outro lado a passividade das autoridades locais e nacionais relativamente às denúncias de casos de prática de turismo sexual envolvendo menores na ilha do Sal, realçando que o seu partido aguarda uma reacção das entidades responsáveis na matéria.

“Uma senhora estrangeira denunciou casos de turismo sexual pedindo neste sentido às autoridades locais e nacionais que actuem no sentido de resolver este problema e, há que convir, o nível do turismo que temos vindo a praticar em Cabo Verde não tem merecido a devida atenção das autoridades nacionais”, sublinhou, lembrando que o turismo é o motor de desenvolvimento de Cabo Verde.

A reunião do Partido Popular teceu também duras críticas às políticas implementadas pela CMP que prevê a criação de um fundo para a legalização de cerca de 25 mil habitações em situações de ilegalidade que, de acordo com o seu vice-presidente, a autarquia é única culpada pela total desorganização territorial do município da Praia.

“Achamos a iniciativa boa, mas não é o melhor caminho para resolver este problema. Sabemos que a maioria das construções na cidade da Praia iniciam de forma clandestina e neste sentido defendemos que a edilidade praiense tem que criar condições e estratégias eficientes para dar respostas a esse fenómeno”, concluiu.

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