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Santo Antão

Santo Antão: Produtores do inhame querem “abertura” do mercado para poder chegar a Santiago

Os produtores do inhame em Santo Antão querem que o Governo proceda à “abertura do mercado” para os excedentes agrícolas desta ilha, para que possam colocar o inhame em Santiago, onde este produto tem “excelente mercado”.

Em Santo Antão, um quilograma do inhame custa entre 100 e 150 escudos, enquanto em Santiago o preço varia entre 800 a 900 escudos/quilograma, facto que, segundo os produtores, demonstra a importância desse mercado para este excedente, bastante cultivado no Tarrafal de Monte Trigo, no Porto Novo.

Por isso, alguns produtores do inhame, abordados pela Inforpress, dizem-se “ansiosos” pelo prometido levantamento do embargo imposto, desde 1984, aos produtos agrícolas de Santo Antão, devido à praga dos mil-pés, para poder exportar para Santiago.

Tarrafal de Monte Trigo, que ainda este ano, no quadro do Programa de Promoção das Actividades Socio-económicas Rurais (Poser), recebe investimentos à volta de nove mil contos para o reforço desta cultura, assume-se como o maior “produtor” do inhame em Cabo Verde, com uma produção anual de 700 toneladas.

O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente, no Porto Novo, Joel Barros, tem estado a defender a necessidade de o Governo proceder ao levantamento do embargo, pelo menos para as localidades ainda sem a praga dos mil-pés, como são os casos do Tarrafal de Monte Trigo, Martiene (onde se produz mais a batata comum a nível nacional) e Chã de Norte.

Este responsável admite a existência de “um compromisso” já assumido pelo Ministério da Agricultura e Ambiente para se trabalhar a questão do embargo, com vista a “reverter a situação, discriminando, pela positiva”, as localidades ainda sem a praga.

As câmaras municipais de Santo Antão já prometeram “lutar” com os agricultores para levar o Governo a levantar o embargo que, conforme os responsáveis municipais, está a “penalizar” os produtores santantonenses, obrigados a colocar os excedentes apenas em São Vicente.

Inforpress

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