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Política

Regionalização: OECV discorda da solução de dividir Santiago em dois pólos

A Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde discorda da solução de dividir a ilha de Santiago em dois pólos regionais porque a divisão vai continuar a provocar desequilíbrios e defende um debate profundo e técnico sobre a Regionalização.

Esta posição foi manifestada pelo bastonário da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde, Victor Coutinho, hoje, em declarações à Inforpress, tendo afirmado que a instituição é a favor da proposta de Regionalização, que considerou como um “instrumento de desenvolvimento fabuloso”.

“A Regionalização é um instrumento de desenvolvimento e não podemos analisar os instrumentos de desenvolvimento à flor da pele, nem com dados sensoriais de quem é contra e que é a favor”, disse, realçando que o tema requer uma discussão séria que perspectiva o desenvolvimento puro de Cabo Verde.

“A nossa posição é favorável, mas temos uma preocupação muito séria com a ilha de Santiago. Discordamos da solução de dividir a ilha de Santiago em dois pólos regionais de desenvolvimento porque a perspectiva de desenvolvimento é integral e não a de fraccionar ou dividir a ilha em dois grandes centros”, afirmou, salientando que se o pensamento for integrado da ilha toda o desenvolvimento da mesma seria mais equilibrado e tida como única entidade.

Para Victor Coutinho, à semelhança das medidas que foram tomadas para a implementação da descentralização em Cabo Verde que, conforme lembrou suscitou muita discussão, mas que hoje não é contestado, a Regionalização pode ser também um grande recurso activo para o desenvolvimento do país.

Defendeu ainda que o Cabo Verde é um país naturalmente regionalizado desde a sua existência que tem que estar preparado para o desenvolvimento, asseverando neste sentido que se a Regionalização for bem implementada trará grandes benefícios para as ilhas de Cabo Verde.

A Proposta de Lei que cria as Regiões Administrativas foi aprovada na última sessão plenária deste mês de Outubro, na generalidade, com 41 votos, sendo 37 do Movimento para a Democracia (MpD-poder), dois do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) e dois da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição).

Os votos favoráveis do maior partido da oposição surgiram dos deputados Odailson Bandeira e Filomena Vieira, ambos eleitos nas listas do PAICV pelos círculos eleitorais de Santo Antão e S. Vicente, respectivamente.

Inforpress

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