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São Vicente

São Vicente: Pró-Empresa desafia jovens empreendedores mindelenses a aderirem aos seus programas

O presidente do Instituto de Apoio e Promoção Empresarial (Pró-Empresa) incentivou ontem, 29, os jovens mindelenses, “e não só”, a aderirem aos programas do instituto, sobretudo o Start-Up Jovem, que, na primeira candidatura, recebeu “escassos projetos” de São Vicente.

Pedro Barros, que falava no Mindelo, durante o evento de apresentação pública das oportunidades de financiamento que a Pró-Empresa disponibiliza hoje, lembrou que na primeira candidatura do Start-Up Jovem o instituto recebeu “muitos mais” projectos de ilhas com menos população do que São Vicente.

“Gostava que acreditassem mais, pois o programa Start-Up Jovem tem muitas virtualidades e está desenhado especificamente para ajudar os jovens que queiram aventurar-se no mundo do negócio a realizar os seus sonhos”, concretizou.

Aliás, socorrendo-se da apresentação, momentos antes, do testemunho da jovem mindelense Janete Évora, contemplada com um financiamento no âmbito do Start Up Jovem, que classificou de “verdadeiro e sincero”, Pedro Barros disse que o mesmo pode servir de exemplo, já que “ficou claro” que por vezes não é fundamentada a desconfiança que existe em relação aos programas do Governo.

“Este é um exemplo claro de um programa destinado a apoiar a implementação de um projecto empresarial que funciona muito bem, mas há outros exemplos em diversas ilhas e concelhos de Cabo Verde”, ajuntou.

É que, durante o seu testemunho, Janete Évora, 27 anos, nutricionista de profissão, teceu elogios ao programa Start-Up Jovem, que classificou de “esperança da juventude” cabo-verdiana, pois, criticou, os bancos “não confiam nos jovens”.

Por isso, recomendou o programa a todos e mostrou-se disponível em partilhar a sua experiência, da qual vai resultar duas empresas, a Nutrilícias, no ramo alimentar, e a Nutridinha, policlínica de nutrição.

“Resolvi ser dona do meu próprio destino e o que vos recomendo é que nunca desistam dos vossos sonhos”, pontificou Janete Évora, perante uma plateia de jovens que esgotou os lugares sentados da sala de conferências da Câmara de Comércio do Barlavento (CCB).

O presidente desta agremiação comercial, Belarmino Lucas, por seu lado, reconheceu que o financiamento é dos “maiores constrangimentos”, particularmente para as pequenas e micro empresas, e dentro deste segmento para jovens e Start-Up, pelo que, num trabalho conjunto de várias instituições, tem-se “buscado de soluções” que permitam “ultrapassar esse problema”.

Daí enaltecer as “alternativas de acesso ao financiamento” que a Pro-empresa apresentou, para que as pessoas possam ter “de facto” acesso ao financiamento e, através disso, desenvolver os seus negócios e permitir que o sector privado “cumpra de facto” o seu papel de “motor principal” da economia, de criação de emprego de ”qualidade e sustentável” e com “efeitos multiplicadores” na economia.

“Da parte da CCB tem havido esforço para que as coisas aconteçam na prática, para que as pessoas conheçam o mapa do tesouro, segui-lo e chegar aos financiamentos”, concretizou a mesma fonte, que classificou de “virtuosa” a cooperação que a Pró-Empresa tem vindo a estabelecer com as câmaras de comércio e de turismo.

“Vamos esperar que dê resultados e que possamos ter o máximo de empreendedores e empresas de sucesso no país”, concluiu Belarmino Lucas.

A apresentação das oito linhas de financiamento da Pró-Empresa enquadra-se no âmbito da parceria estabelecida entre o Governo e as instituições financeiras, através do qual o Estado se compromete a disponibilizar um conjunto de facilidades como garantias ao financiamento e bonificação de juros para “reforçar e tornar mais acessível, e menos caras” as opções de financiamento às empresas.

Tal deverá passar ainda por incentivos ficais aos jovens envolvidos no Start-Up Jovem, os quais serão incluídos já no Orçamento do Estado para 2019.

Tudo, segundo a administradora da Pró-Empresa, Mónica Vicente, para “colmatar as dificuldades” ao nível do financiamento do tecido empresarial e de proporcionar a retoma do investimento privado nos sectores mais dinâmicos da economia, promover o empreendedorismo jovem, facilitando o acesso a financiamento de projectos promissores, que estejam ligados ao desenvolvimento de ideias de negócios inovadoras. 

Fonte: Inforpress

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