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Moçambique: Frelimo apela à Renamo para respeitar compromisso de desarmamento

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, apela à Renamo (Resistência Nacional Moçambicana)  para honrar o compromisso que assumiu em relação ao desarmamento do seu braço armado, defendendo a necessidade de uma paz duradoura no país.

“Esperamos que a liderança da Renamo seja fiel à sua palavra e ao compromisso assumido perante os moçambicanos, de depor, definitivamente, as armas”, declarou a chefe da Bancada da Frelimo na Assembleia da República (Parlamento), Margarida Talapa.

Margarida Talapa assinalou que a desmilitarização do braço armado da Renamo é essencial para a instauração de uma paz duradoura no país.

“O processo de desarmamento iniciado deve ser prosseguido e concluído com sucesso, devolvendo a esta pátria amada a tranquilidade, paz e harmonia, para que prossigam as ações de desenvolvimento”, enfatizou Margarida Talapa, citada pela Lusa.

A chefe da Bancada Parlamentar da Frelimo defendeu que a presença no país de peritos internacionais para a supervisão da desmilitarização da Renamo oferece garantias de êxito no processo.

Por seu turno, a chefe da Bancada da Renamo, Ivone Soares, defendeu que o desarmamento da força residual do Partido deve ser feito com seriedade e responsabilidade, no contexto de um processo de reconciliação nacional.

“Este processo deve fazer parte de um esforço mais vasto de reconciliação nacional e de despartidarização do Estado, bem como de tolerância política”, declarou Ivone Soares, citado pela Lusa.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou no passado dia 6 de Outubro o início do processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo .

O acto marcou a chegada de nove peritos militares internacionais liderados pelo general argentino Javier Antonio Pérez Aquino, 58 anos, cuja mais recente missão consistiu em supervisionar, para as Nações Unidas, o desarmamento de guerrilheiros na Colômbia.

O processo de DDR que agora arranca é a segunda parte de uma negociação que o presidente moçambicano encetou no último ano com Afonso Dhlakama, após o cessar-fogo decretado por este em dezembro de 2016.

A primeira parte levou a um acordo sobre a descentralização do poder, consumada em Maio com alterações à Constituição e consequente adaptação das leis eleitorais – com as quais o principal Partido da oposição ambiciona poder vir a disputar nas urnas a liderança de mais municípios e províncias daquele País Lusófono do Oceano Índico.

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