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Sociedade

Maio: Garantia de um ano agrícola “razoável” está a depender de pelo menos mais uma chuva – agricultores

O cenário do ano agrícola na ilha do Maio varia de localidade para localidade e os agricultores afirmam que é preciso pelo menos mais uma chuva para conseguirem alguma produção e garantir o pasto para os animais.

Conforme apurou a Inforpress, nas zonas mais a sul da ilha como são os casos das localidades de Alcatraz, Figueiras, Ribeira D. João, Pilão Cão e vila de Barreiro o milho está numa fase de crescimento vegetativo bastante avançado. O mesmo se repete nas localidades do centro da ilha como em Cascabulho, Morrinho e Morro, mas para que haja um ano agrícola “razoável”, os agricultores são unânimes em dizer que é preciso pelo menos mais uma chuva.

Em conversa com a Inforpress, o agricultor António Mendes da Graça residente na localidade de Ribeira D. João assegurou que em termos de pasto os criadores estão “bastante animados”, mas no que tange à produção de milho e feijão, a situação é complicada, porque o terreno está praticamente seco, razão pela qual a vegetação nas propriedades agrícolas está a murchar e, para complicar, nestes últimos dias a ilha tem sido assolada com um sol abrasador.

Conforme aquele agricultor, caso não se registar nenhuma chuva até o final desta semana, o ano agrícola na ilha está “seriamente comprometido” ou até “nulo” em termos de produção de milho, feijão e outras cucurbitáceas, além disso afiançou que “muitas pessoas estão a fazer o combate à lagarta-do-cartucho-do-milho, mas com o chão seco fica na mesma”.

Por seu lado, o agricultor José Maria da Graça dos Reis, da localidade de Figueira, afiançou que o pasto no campo para os animais está em quantidade “satisfatório”, não obstante ainda estar a depender de pelo menos mais uma chuva para que seja garantido um ano de alguma tranquilidade para o alimento do seu gado.

José Maria dos Reis disse ainda que, a par da falta de chuva, os agricultores de sequeiro daquela localidade estão a deparar com o ataque da lagarta-do-cartucho-do-milho, que este ano tem estado a atacar com muita intensidade a produção do milho, pelo que sublinhou que caso não chover estes dias na ilha do Maio, “não vai ter azágua este ano”.

O cenário é “bastante diferente” e até “desolador” para os agricultores das localidades de Pedro Vaz, Praia Gonçalo e Santo Antóni, porque, de acordo com o agricultor Osvaldino Fernandes, a quantidade pluviométrica registada naquelas localidades é praticamente nula, razão pela qual nem foi suficiente para germinar pastos para animais.

“Choveu muito pouco e bastante atrasado aqui, por isso o pasto que germinou já está murcho e nem sequer dá para os animais se alimentarem, por isso todos nós que temos as nossas crias estamos a levá-los para o monte penoso, onde o pasto está mais crescido e em mais quantidade”, notou.

Já nas localidades de Cascabulho, Morrinho e Morro, os criadores mostram-se esperançosos num ano agrícola “menos aflito” em termos de pastos, todavia afirmam que é preciso pelo menos mais uma chuva para que possam ter a garantia de alimento suficiente para o gado, situação contrária vive-se na vila de Calheta, onde se registou pouca quantidade de chuva e consequentemente fraca produção de pasto.

Inforpress

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