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Economia

3º trimestre: alojamento correspondeu a 72% da despesa dos turistas

Os preços da oferta turística aumentaram em termos homólogos 1,5% no terceiro trimestre de 2018.

Os dados foram revelados hoje pelo INE e dão conta que esse valor aumentou 0,7 pontos percentuais (p.p.) face ao valor registado no trimestre anterior.

A variação trimestral observada no terceiro trimestre de 2018 foi de 6,3%, superior em 13,6 p.p. e de sentido contrário ao valor registado no trimestre anterior (-7,3%). Conforme o INE, isso deve-se ao padrão de sazonalidade deste indicador. No terceiro trimestre de 2017 esta variação foi de menor intensidade, situando-se 1,5 p.p. abaixo da atual.

No que toca à análise por classes, a classe dos Hotéis, Cafés e Restaurantes apresentou uma variação homóloga de 1,5%, 0,7 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior. A esta variação correspondeu uma contribuição de 1,5 p.p. para a variação do IPT total.

“Note-se que o movimento dos preços das dormidas em Hotéis (com uma contribuição de 1,42 p.p.) e dos Restaurantes (com uma contribuição de 0,27 p.p.) foram completamente determinantes para este comportamento do IPT total”, explica O INE.

De acordo com a mesma fonte, três componentes do IPT apresentaram contribuições de sentido oposto: Cafés Bares e Similares (-0,02 p.p.), Pensões (-0,01p.p.) e Aldeamentos Turísticos (-0,19 p.p.). Dois componentes do IPT apresentaram contribuições no mesmo sentido: Restaurantes (0,27 p.p.) e Hotéis (1,42 p.p.). Os preços das restantes componentes mantiveram-se constantes em relação ao trimestre homólogo.

Já o grupo Alojamento que corresponde a 72,7% da despesa turística foi assim determinante para o movimento global em termos homólogos do indicador (1,22 p.p.) com a Restauração, cujo peso representa cerca de 26,3% da despesa turística, a contribuir com 0,25 p.p..

A taxa de variação no trimestre em análise foi de 6,3%, superior em 13,6 p.p. à registada no trimestre anterior em que se situara em -7,3%. No mesmo trimestre do ano anterior verificara-se igualmente uma variação em cadeia (5,6%) superior em 11,3 p.p. à do II trimestre de 2017. Estes resultados resultam de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de Alojamento.

Concretamente, a variação deste trimestre face ao anterior revela uma diminuição significativa dos preços dos Serviços de Alojamento, com particular incidência nos prestados por Hotéis (9,8%).

Nos serviços prestados por Aldeamentos Turísticos verificou-se uma redução dos preços (4,6%). Nos restantes serviços turísticos registaram-se variações nulas face ao trimestre anterior.

Índice por ilhas

A variação do índice por ilhas, mostra que a Boa Vista, com 11,5%, dominou fortemente o movimento da taxa de variação trimestral que é observado no IPT Nacional. A atividade turística nesta ilha corresponde a cerca de 50% da atividade a nível nacional. A nível regional, registaram-se variações em cadeia trimestrais positivas nas ilhas de S. Vicente (0,60%) do Sal (1,30%) e da Boa Vista (11,50%).

Santo Antão e Santiago registaram um comportamento de quebra no nível dos preços face ao trimestre anterior com contribuições para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT marginalmente negativas (-0,20% e -0,30% respetivamente). Boa Vista apresentou uma forte contribuição para a variação trimestral do IPT Nacional (5,8 p.p.) o que explica mais de 90% da variação do IPT a nível nacional.

Em termos homólogos, Boa Vista determinou também o andamento do IPT Total com uma contribuição de 1,81 p.p..

Já São Vicente apresentou uma contribuição marginalmente positiva (0,01 p.p.) As restantes ilhas cobertas pelo IPT apresentaram contribuições moderadamente negativas.

 

 

 

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