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Saúde

Cabo Verde sem casos autóctones  de Paludismo desde Janeiro

O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, garante que o país não regista nenhum caso autóctone (local) de Malária (também conhecida por Paludismo), desde Janeiro, mas reforçou que luta antivectorial vai continuar e pediu o envolvimento de todos.

“A situação do Paludismo (Malária) é de nenhum caso autóctone desde Janeiro, em toda as ilhas de Cabo Verde. E em relação às outras doenças, as arboviroses como Zika e Dengue, não temos nenhum caso”, disse o ministro – citado pela Lusa -, durante uma visita a vários bairros da cidade da Praia.

Arlindo do Rosário falava, sexta-feira, 12, aos jornalistas na zona de Fonton, que já foi um dos principais focos de mosquitos, mas que agora não regista qualquer caso devido aos trabalhos realizados a nível do ambiente, da correção de águas e ao envolvimento da comunidade.

“É evidente que é um trabalho que precisa ser continuado e estamos a continuar com muito afinco”, prosseguiu o governante, para quem é preciso continuar a infraestruturar as zonas e a população continuar a aderir porque “este é um trabalho para e com a população”.

“Podemos melhorar sempre. O Ministério da Saúde pode melhorar ainda mais, os outros parceiros podem melhorar ainda mais. Estamos contentes, mas é preciso fazer mais e é um trabalho de parceria que precisa ser reforçado diariamente”, disse o titular da pasta da Saúde em Cabo Verde.

Cabo Verde definiu como meta a eliminação de Paludismo até 2020 e, segundo o ministro, o país “está num bom caminho”, apesar de ainda ter “um longo trabalho a ser feito”.

“Mas com o envolvimento de todos, acredito que conseguiremos atingir essa meta”, reforçou.

Relativamente a casos importados, o ministro não avançou números, mas garantiu que existem sempre, por causa de Cabo Verde estar numa região onde existe a doença e que também tem livre circulação de pessoas.

“Estamos a detetar precocemente os casos importados, por forma a evitar que se transformem depois em casos autóctones porque temos um vetor em Cabo Verde”, garantiu.

No ano passado, também numa visita aos bairros da cidade da Praia, o ministro da Saúde informou que o Governo aprovou uma verba de emergência de 526 mil euros para combater a Malária no país, que tinha registado mais de 200 casos.

Arlindo do Rosário indicou que o valor foi usado para aquisição de meios logísticos de transporte, recrutamento de mais pessoal a nível nacional para luta antivetorial, aquisição de equipamentos, reforço da capacidade de laboratório para capacidade de diagnóstico.

Em Janeiro do ano passado, Cabo Verde foi distinguido pela Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) com o Prémio Excelência’2017, pelos resultados alcançados no combate à doença, sendo o único país africano em fase de pré-eliminação.

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