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Política

PR fala na ONU sobre a sua luta contra o alcoolismo em Cabo Verde

Jorge Carlos Fonseca, que se encontra em visita aos Estados Unidos, falava no evento “Amigos do Grupo de Trabalho da Interagência das Nações Unidas para a Prevenção e o Controlo das Doenças Não Transmissíveis”, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

“Tal como acontece em vários países do mundo, o uso imoderado do álcool é um grave problema de saúde pública, social e económica em Cabo Verde”, começou por afirmar o chefe de Estado cabo-verdiano.

Segundo Jorge Carlos Fonseca, este hábito está “profundamente enraizado” na cultura de Cabo Verde e “afeta particularmente a população ativa, maioritariamente jovem, com efeitos extremamente nocivos na família, no contexto laboral, nas relações sociais e comunitárias, no trânsito e, de modo geral, na saúde”.

“Cabo Verde tem uma frequência superior à média africana de perturbações ligadas ao consumo de álcool (5,1%) e a mais alta percentagem de mortes associadas ao álcool entre os lusófonos africanos (3,6%)”, segundo o relatório global sobre o álcool e a saúde, de 2014, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e citado pelo Presidente.

Jorge Carlos Fonseca manifestou-se preocupado com “o grande consumo de bebidas alcoólicas que se inicia em idades cada vez mais precoces” em Cabo Verde e que foi uma das razões para ter desenvolvido a “Campanha de Prevenção do Uso Abusivo do Álcool — Menos Álcool, Mais Vida!”, promovida com os ministérios da Saúde e Segurança Social, da Educação, da Família e Inclusão Social e o “intenso apoio” do escritório da OMS e a parceria de mais de uma centena de entidades.

“Com o imprescindível apoio técnico e financeiro da OMS, desenvolvemos esta iniciativa, cujos objetivos são a comunicação dos riscos e efeitos nocivos do consumo abusivo do álcool, a redução do acesso às bebidas alcoólicas e a promoção de comportamentos saudáveis e de um contexto nacional favorável à moderação no consumo de bebidas alcoólicas e ao não consumo por parte sobretudo de crianças e adolescentes, mas também de outros grupos sensíveis, como as grávidas e mães que amamentam, pessoas com determinadas condições de saúde, incluindo os alcoólicos em recuperação”.

O chefe de Estado reconheceu que “não tem sido uma luta fácil”, mas congratulou-se pelo desenvolvimento de “algumas ações significativas” e garante que já é possível “sentir os primeiros resultados desta iniciativa”.

Depois de enumerar algumas das iniciativas em curso no âmbito desta campanha, o chefe de Estado disse apreciar o reconhecimento do Grupo de Trabalho Inter-agência das Nações Unidas Para a Prevenção e o Controlo das Doenças Não Transmissíveis pelo trabalho realizado.

“Persistem ainda muitos desafios, mas, com a conjugação de esforços a nível nacional e internacional, faremos face a esta problemática e daremos um combate sem tréguas às doenças não-transmissíveis”, afirmou.

Lusa

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