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Política

Ribeira Brava: GIRB satisfeito com a gestão camarária enquanto PAICV afirma que há um fracasso total da edilidade

O GIRB mostrou-se satisfeito com os dois primeiros anos do mandato, atribuindo uma nota positiva à autarquia, enquanto que o PAICV afirmou que a situação actual é de frustração, má gestão patrimonial e financeira e de desânimo generalizado.

Num balanço feito dos dois primeiros anos de mandato da coligação do Grupo Independente da Ribeira Brava (GIRB) e Movimento para a Democracia (MpD) na Câmara Municipal da Ribeira Brava, São Nicolau, a líder da bancada do GIRB, Leidine Cabral, deu nota positiva à edilidade liderada pelo Pedro Morais.

Para este responsável, os ganhos conquistados pela autarquia a nível de requalificação urbana do município são visíveis, não obstante ao facto de haver uma câmara partilhada que, segundo disse, no inicio revelou algumas dificuldades na condução dos trabalhos.

“A câmara nesse meio mandato, tem feito um bom trabalho que tem proporcionado melhores de condições de vida aos munícipes. E por ser uma edilidade tripartidária e uma experiência nova, tinha que estabelecer algumas prioridades de governação para a normalização do funcionamento da autarquia local”, referiu.

Conforme disse, o autarca Pedro Morais tem dado uma atenção especial ao sector da educação através da reabilitação de algumas escolas e jardins, e a área social, nomeadamente a classe dos idosos e famílias carenciadas através da requalificação de habitações, qualificando neste sentido a gestão da autarquia local como “transparente e focada no desenvolvimento do município”.

“Esta câmara não está preocupada só com o arranque das obras, mas também com a sua conclusão, foram feitas muitas requalificações urbanas e mesmo com recursos escassos conseguiu fazer algumas obras que tem servido a população local e transformado o município”, disse afirmando que a edilidade tem conseguido cumprir as promessas feitas ao eleitorado ribeira-bravense.

A dirigente sublinhou, entretanto, que devido ao mau não agrícola, que assolou o país e os problemas de ligação marítima enfrentados pelo município, o crescimento da economia local e o desenvolvimento do turismo ficaram condicionados.

Para Leidine Cabral, os próximos anos serão de muitos desafios para e edilidade que, a sue ver, terá que contar com a “forte colaboração” do Governo, para a concretização de alguns “projectos importantes” para o município.

“A câmara tem ainda muito trabalho pela frente, tem vários projectos que levarão o seu tempo para sua implementação, mas a construção dos complexos escolar e desportivo serão, sem dúvida, grandes obras do mandato”, disse.

Por seu turno, o líder da bancada municipal do PAICV, Antonino Brito, afirmou que o município nesses dois anos de mandato da coligação GIRB e MpD passa por sérias dificuldades, apontando Pedro Morais como o “pior presidente de câmara na história do municipalismo na Ribeira Brava”.

No entender desse responsável, o balanço da governação camarária é “extremamente negativo, o desanimo é generalizado e os munícipes estão decepcionados” com a actual edilidade, frisando que a coligação do município de Ribeira Brava foi um “autêntico fracasso”.

“O presidente tem uma equipa camarária, equipa essa forjada na coligação, mas o pior de tudo isto é que, infelizmente, para este município, os integrantes dessa coligação nunca se entenderam, há guerra entre o presidente e os vereadores e o principal prejudicado nisso é o município de Ribeira Brava. Infelizmente o desanimo é generalizado e a frustração está estampada nos rostos dos ribeira-bravenses, independentemente da sua preferência politica partidária”, salientou.

Neste momento, de acordo com Antonino Brito, praticamente todos os povoados estão abandonados à própria sorte, não tendo “absolutamente nada e nenhuma politica” que, na sua opinião, impulsione e dinamize o desenvolvimento local.

“Não somos nem tidos e nem achados. Temos um município mais sujo, os jovens estão a deixar a ilha porque aqui não há ofertas de emprego e nem de melhoria de condições de vida. Temos um presidente que é uma pessoa que não dialoga e não quer discutir os problemas inerentes ao desenvolvimento local e isso é preocupante porque a câmara não dá sinais de querer mudar este triste cenário”, asseverou, mostrando, por outro lado, total abertura da sua bancada em trabalhar juntamente com a autarquia na procura de melhores soluções para Ribeira Brava.

O contacto com o líder da bancada municipal do MpD, Nelson Ramos, que inicialmente mostrou disponibilidade quando contactado pela Inforpress em prestar declarações sobre o balanço dos dois primeiros anos de mandato da coligação GIRB e MpD, revelou-se infrutífero.

O presidente Pedro Morais tomou posse no dia 28 de Setembro.

Fonte: Inforpress

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