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Política

São Vicente: Governo e agentes culturais acertam plano estratégico para “alavancar” a cultura

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e agentes culturais de São Vicente acertaram, hoje, a elaboração de um plano estratégico de cinco anos que fará “catapultar” a cultura da ilha para outros patamares.

Uma decisão saída de um encontro que, como explicou Ulisses Correia e Silva à imprensa, se insere na política de “governação aberta das ilhas para as ilhas”, medida adotada pelo Governo com vista a estar “sempre que possível” próximo da realidade social, cultural e política de outras regiões do país, e “não somente da Cidade da Praia”.

Por sua vez, o porta-voz dos agentes culturais, Irlando ferreira, considerou esse “entendimento” uma abertura “bastante importante”, tendo em conta que o chefe do executivo “se predispôs” a ouvir os seus pontos de vista, afim de “catapultar a cultura da ilha para um outro patamar”.

Nesse sentido, Irlando Ferreira destacou o facto de ter saído desta reunião uma proposta de trabalharem com o Ministério da Cultura, em representação do Governo, um plano estratégico de cinco anos, que vai servir de base de organização do sector em São Vicente.

“Se Mindelo tem esse potencial porque não apostar em Mindelo como base estratégica de desenvolvimento cultural, que consequentemente poderá influenciar as outras ilhas”, questionou este agente cultural focando ainda na questão de se valorizar as figuras consideradas determinantes para a promoção da cultura cabo-verdiana lá fora.

“Um pensamento a médio/ longo prazo que poderá nos colocar enquanto ilha na mesma plataforma cultural de outros países desenvolvidos”, enalteceu Irlando Ferreira, para quem deve-se pensar Cabo Verde “de forma ambiciosa”.

“Nós não podemos pensar que a nossa dimensão são as ilhas, as ilhas são o nosso território enquanto Estado, mas o nosso pensamento tem que estar conectado a nível do mundo”, asseverou.

Uma projecção internacional também defendida pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, realçando que São Vicente tem “um conjunto de marcas a nível cultural”, desde música, teatro, Carnaval e festivais, com “um potencial muito grande” de dinamização da economia da ilha.

“Há também muita vontade, muito talento. Precisamos é criar condições para colocar todas essas vontades e talentos de forma organizada e estruturada”, defendeu o chefe do executivo, sublinhando que esta “maior organização” permitirá que as actividades culturais atingem   determinados objectivos, entre os quais “maior impacto” económico e social, melhorias das infra-estruturas, formação e marketing internacional dos eventos.

Por isso, refere a mesma fonte, assumiu-se o compromisso de definir uma estratégia de médio/longo prazo, de cinco anos, que deverá ser delineado até o final do ano, a fim de, primeiramente, “aumentar esta capacidade de produção cultural”.

“Em segundo lugar para quebrar o estigma de que fazer cultura é apenas passa sabi”, esclareceu Correia e Silva que destaca assim outros componentes como a “identidade e união como nação” transmitidas pela cultura.

Neste sentido, o chefe do Governo afirmou estar também sobre a mesa a possibilidade do aumento do orçamento da cultura para 2019, que vai ser “reforçado ainda mais” com a Taxa de Turismo.

Ulisses Correia Silva vai estar em São Vicente até a quinta-feira para diversos outros encontros com forças da ilha em sectores empresariais, desportivas, sociais, e instituições religiosas de quem espera obter “contribuições positivas”, num momento em que se está na fase final da elaboração do Orçamento do Estado para 2019.

“Portanto queremos auscultar e avaliar a situação da ilha”, consolidou.

Inforpress

 

 

 

 

 

 

 

 

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