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Filipinas: PR defende regresso da pena de morte apesar do apelo do Papa

O governo de Rodrigo Duterte garante que manterá os planos para restabelecer a pena de morte nas Filipinas, apesar das declarações proferidas, na quinta-feira, 2, pelo Papa Francisco, que classificou tal prática como “inadmissível” à luz do catolicismo.

Nas Filipinas, mais de 85 por cento (%) da população é católica.

O porta-voz do Presidente filipino, Harry Roque, afirmou que o Executivo de Manila “vai tentar persuader, de modo gentil”, os senadores, para que estes aprovem a lei que visa restabelecer a pena capital nas Filipinas, proibida no país desde 2006.

A Câmara dos Representantes (Câmara Baixa do Congresso filipino) aprovou, em Março passado, o projeto-lei relacionado com o restabelecimento da pena capital, que foi uma das grandes promessas eleitorais de Duterte, no âmbito de uma linha dura de combate contra o narcotráfico.

A Conferência Episcopal das Filipinas, que sempre se opôs à medida defendida por Rodrigo Duterte, assegurou, em comunicado, que as declarações do Papa Francisco esclarecem qualquer dúvida sobre a posição da Igreja Católica em relação à pena de morte.

Na quinta-feira, a Santa Sé anunciou que o Papa Francisco mudou o Catecismo Católico para declarar a pena de morte inadmissível, assumindo, igualmente, o compromisso da Igreja para a abolir no mundo inteiro.

“À luz do Evangelho, a pena de morte é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa”, referiu o novo texto, cuja alteração foi anunciada em comunicado pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer.

As Filipinas aboliram a pena de morte em 2006, durante a presidência de Gloria Macapagal Arroyo, que, desde o passado dia 23 de Julho, é a nova líder da Câmara dos Representantes e uma das principais aliadas políticas de Duterte.

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