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Sociedade

AJOC vai hoje a votos: Candidatos à presidência defendem estruturação e união da classe jornalística

Os candidatos à presidência da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), Carlos Santos e Orlando Rodrigues apontam setas à vitória na eleição que acontece hoje e domingo, destacando os principais pilares, a estruturação da AJOC e a maior união dos jornalistas no país.

Em declarações à Inforpress, em jeito de antevisão da Assembleia-geral, que acontece na Cidade da Praia e que vai eleger os órgãos sociais do sindicato, Orlando Rodrigues diz estar confiante na vitória, face às ideias que a sua candidatura já apresentou e que vão ao encontro daquilo que a AJOC necessita neste momento.

“Estamos a falar de empoderamento académico, dignificação de jornalismo, liberdade da imprensa, que é a nossa bandeira. Por outro lado, temos a questão da literacia mediática, que passa pela importância de educar as pessoas sobre o que esperar e o que deve exigir ao jornalista”, observou, sustentando que o jornalista dirige-se às pessoas e todos têm que estar preparados para entenderem o fenómeno da comunicação social no país.

Conforme avançou, caso vença as eleições, fará uma grande aposta na “formação dos jornalistas”, para que possam responder, da melhor forma, as demandas que o mundo da informação exige.

“Teremos acções de formações, workshops e seminários. Outra vertente importante é a qualificação do jornalista em temos de línguas universais (Francês e Inglês). Vamos lançar um curso de longa duração em inglês, proporcionando ao jornalista a capacidade de exercer suas funções, quando lhe é exigida a utilização da língua estrangeira”, adiantou.

Além disso, Orlando Rodrigues defendeu “a estruturação da AJOC”, com a eleição de delegados sindicais nos órgãos de comunicação social e a criação de conselho sindical.

“Vamos eleger os delegados sindicais, criar um conselho sindical, fazer um levantamento de quais são os problemas da comunicação social no seu todo e, a partir daí, elaborar um caderno reivindicativo, porque muita coisa tem acontecido na comunicação social nos últimos anos”, afirmou.

Por seu turno, Carlos Santos avançou que a sua candidatura defende “a união dos jornalistas”, visto que, observou, o jornalismo está a passar por um “momento complicado”, a que este jornalista apelida de descredibilização aos trabalhos jornalísticos.

“Nós sempre defendemos que precisamos de um sindicato forte. A maior fragilidade da classe é a desunião e há, de facto, alguma tentativa de dividir para reinar. Temos essa fragilidade, que os jornalistas não estão unidos, muitas vezes em matérias que lhes dizem respeito”, apontou, realçando que é preciso unir a classe, para “reafirmar ou sedimentar os traços identitários” dos jornalistas cabo-verdianos.

O candidato, como disse, quer trazer a AJOC para junto dos seus associados, ter um papel importante na defesa dos interesses da classe, apontando a precariedade laboral como uma das principais fragilidades na comunicação social em Cabo Verde.

“Temos jornalistas que estão em situação de trabalho sem contrato há vários anos. Há uma série de questões que tem que ser resolvidas para que haja, de uma vez por todas, afirmação da comunicação social e do jornalista no país, com o seu papel que tem na formação da opinião pública, para que, também, os cidadãos possam estar em condições de participar na gestão da coisa publica”, sublinhou

Carlos Santos não esconde o sentimento de vitória, salientando esta base na “mão cheia” de apoios à sua candidatura, com colegas e membros do sindicato de jornalistas que “desde primeira hora” estão a impulsionar esta candidatura.

“Nosso sentimento é de vitória, uma vez que já contabilizamos vários apoios que serão traduzidos em votos”, vincou.

A Assembleia-geral para a composição dos novos órgãos sociais da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde arranca este sábado, às 10h00.

Inforpress

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