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Economia

Presidente da Câmara de Turismo defende boas soluções de transportes para que o turismo possa ser motor da economia

O presidente da Câmara de Turismo afirmou hoje que Cabo Verde precisa de boas soluções de transportes para que o sector do turismo possa, de facto, ser o motor económico, como se pretende o Governo.

Gualberto do Rosário, que falava aos jornalistas momentos antes do início da reunião do Conselho para a Competitividade, salientou que não é possível o desenvolvimento do turismo no arquipélago sem a solução dos transportes, sobretudo dos transportes marítimos.

“Sempre que falamos nos transportes estamos a pensar nos aviões, como se os aviões fossem a única forma de transportar pessoas. Nós somos um país de mar e os transportes marítimos de passageiros são essenciais, sobretudo, para o turismo interno”, afirmou.

Além do transporte de pessoas para o turismo interno, o presidente da Câmara de Turismo alertou para a questão dos transportes de mercadorias para que as ilhas possam estar convenientemente abastecidas, seja de mercadoria vinda do exterior, seja de mercadoria produzida no país.

“É preciso ter boas soluções de transportes e, mais do que isso, para que o turismo possa ser o motor da economia e ter o efeito de arrastamento sobre todo o tecido económico. Portanto, o transporte é essencial”, salientou o responsável.

Para além dos transportes, Gualberto do Rosário apontou outros desafios como a qualidade e a diversificação para consolidar os destinos, pois, segundo ele, é preciso trabalhar para que o turismo não seja apenas um fenómeno de anos, mas sim um fenómeno perene.

Neste sentido, Gualberto do Rosário defendeu a necessidade de se “aumentar significativamente” a qualidade da oferta turística o que, segundo disse, passa pela qualificação do ambiente geral, pela valorização do património natural e construído, pela valorização da cultura como parte integrante do produto turístico e melhoria da qualidade das ofertas das empresas”.

Gualberto do Rosário lembrou que, neste momento, Cabo Verde tem um turismo concentrado de sol, praia e mar, e em duas ilhas do arquipélago, Sal e Boa Vista, que é feito, essencialmente, em termos de estruturas de acolhimento, que são os hotéis.

Para além de diversificar a oferta, já que o país e todas as ilhas têm um “potencial notável”, o presidente da Câmara de Turismo sublinhou que há que diversificar também o mercado emissor de turistas.

“Ainda estamos a contar apenas com o mercado europeu, essencialmente, mas há um potencial ainda a explorar como é o caso da África, Europa do Leste, Rússia, Estados Unidos, Canadá e mesmo da América do Sul, do próprio Brasil. Portanto, é possível pensar num turismo dirigido do Brasil para Cabo Verde”, indicou.

O turismo é considerado um dos sectores da economia que mais contribui para o PIB (Produto Interno Bruto) de Cabo Verde.

A meta do Governo é alcançar o crescimento de 7% e criar cerca de 45 mil empregos ao longo da legislatura. Gualberto do Rosário alertou que sem aumentar a contribuição do turismo não será possível atingir essa meta.

“Tem de contribuir ou então não atingimos a meta. Penso que esse é o desafio que se coloca a todos nós cabo-verdianos de uma forma geral. É preciso desenvolvermos a cultura, o entendimento e a compreensão, mas traduzida não só na percepção de que é assim, mas numa práxis. Nós temos de transformar tudo isso em políticas, em medidas em acções susceptíveis de promover esse ramo da actividade”, sublinhou.

Inforpress

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