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ONU: SG descreve “relatos inimagináveis” de refugiados rohingya

O secretário-geral (SG) das Nações Unidas, Oo português António Guterres, afirmou,m esta segunda-feira, 2, ter ouvido “relatos inimagináveis de matança e violação” de refugiados rohingya, que fugiram de Myanmar para o Bangladesh, desde Agosto passado, para escapar à violência.

Numa mensagem publicada na rede “Twitter”, Guterres afirmou que as centenas de milhares de refugiados que se encontram em campos no distrito de Cox’s Bazar, e que visitou, querem “justiça e um regresso seguro a casa”.

Guterres comentou, numa conferência de imprensa, que os refugiados da minoria rohingya são obrigados a viver em condições terríveis, devido a violações contínuas dos seus direitos humanos em Myanmar (antiga Birmânia), elogiando o Governo do Bangladesh por ser generoso em relação aos refugiados.

“É impossível visitar estes campos sem partirmos os corações”, afirmou o líder da ONU – citado pela Lusa -, acrescentando: “É possivelmente uma das mais histórias mais trágicas no que diz respeito à violação sistemática dos direitos humanos”.

No domingo, 1, António Guterres encontrou-se com a primeira-ministra bengali, Sheikh Hasina, e garantiu-lhe o apoio da ONU aos rohingya.

Na visita aos campos de refugiados, o SG das Nações Unidas foi acompanhado pelo alto comissário para os Refugiados, Filippo Grandi, e pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Cerca de 900 mil rohingya, de religião muçulmana, fugiram de Myanmar desde Agosto de 2017, para escapar à violência, considerada pela ONU como uma limpeza étnica promovida pelo exército do país, de maioria budista.

Os rohingya pretendem o reconhecimento dos seus direitos em Myanmar, onde são considerados imigrantes ilegais provenientes do Bangladesh, e garantias sobre o regresso em segurança às suas aldeias, na generalidade situadas junto à fronteira comum.

O mais recente êxodo proveniente da antiga Birmânia vem juntar-se às centenas de milhares de rohingya, que já se encontravam no vizinho Bangladesh, na sequência de anteriores vagas de violência, provocando o surgimento de gigantescas cidades de tendas onde existe uma miséria extrema.

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