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Economia

Câmara de Comércio cabo-verdiana busca investidores para negócio de carga aérea inter-ilhas

Tendo em mente a implementação de um negócio de carga aérea no país, a Câmara de Comércio do Barlavento cabo-verdiano busca investidores estrangeiros que viabilizem esse objectivo, tido como o caminho ideal para a resolução dos problemas do transporte inter-ilhas, de acordo com a visão do presidente da agremiação empresarial.
Durante uma entrevista concedida à agência Lusa, Belarmino Lucas confirmou que estão a ser feitas « tentativas no sentido de interessar potenciais investidores externos, que tenham não só capacidade técnica, mas também financeira, por um negócio de carga aérea» que, numa primeira fase, terá um carácter «inter-ilhas».
O presidente da Câmara de Comércio de Barlavento (a maior agremiação empresarial da região Norte do país, com 465 empresas associadas) revelou que foram já encetadas conversações com futuros investidores, e, ao mesmo tempo, com os Correios de Cabo Verde, que possuem«capacidade instalada», mas que também enfrentam dificuldades no transporte de carga postal inter-ilhas.
Na explanação, Belarmino Lucas clarificou que o objectivo do negócio de carga aérea é prestar auxílio ao Governo na resolução dos problemas do transporte entre as ilhas, já que, na sua visão, o hub aéreo na ilha do Sal não está a servir os interesses do mercado interno cabo-verdiano – «O hub tem a sua justificação, do ponto de vista do negócio, mas é preciso dar uma outra atenção, ter outra perspectiva relativamente àquilo que são as necessidades do mercado interno», justificou.
«Temos de arranjar formas de, concomitantemente com o hub na ilha do Sal, ter também formas de servir o mercado interno, e tal como está neste momento, o hub não serve os interesses do mercado interno», declarou.
Falta de ligações directas causa «alguma preocupação»
Belarmino Lucas revelou à Lusa que os os empresários do Norte de Cabo Verde passam por dificuldades, principalmente desde a supressão das ligações directas da TACV Internacional para São Vicente, um cenário que piora tendo em conta as dificuldades da Binter no transporte de cargas, das conexões de voos e a falta de voo directo de São Vicente para São Nicolau.
«Neste momento, a situação é de alguma preocupação e de algum aperto a vários níveis, quer em termos das ligações inter-ilhas, mas a nível das ligações internacionais e, particularmente, no que diz respeito à ilha de São Vicente na questão da carga aérea», finalizou.
Fonte: Revista Cargo

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