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Síria: EUA, França e Reino Unido lançam ataque sem precedentes

Estados Unidos, França e Reino Unido lançaram, na madrugada deste sábado, 14, um ataque concertado na Síria, contra locais de pesquisa ou armazenamento de armas químicas do regime de Bashar Al-Assad.

A acção militar – de acordo com Euronews – envolveu raides aéreos e o lançamento de mísseis, a partir de navios estacionados no Mar Mediterrâneo.

Segundo o Pentágono, foram destruídos três alvos. Um centro de investigação cientifica perto de Damasco que seria usado para pesquisa e produção de armas químicas, dois depósitos com armamento químico em Holms e ainda um importante centro de comando.

A acção militar foi dada a conhecer ao mundo pelo Presidente dos Estados Unidos. Numa declaração a partir da Casa Branca, em Washington, Donald Trump justificou a acção militar com a urgência de acabar com as armas químicas na Síria, para evitar ataques como o que aconteceu na semana passada, em Douma, na região de Ghouta.

Na ocasião, um ataque que terá feito, pelo menos, 75 mortos e que grande parte da comunidade internacional atribui a responsabilidade ao governo sírio.

Na declaração, Donald Trump acusou, também, a Rússia e o Irão de serem os principais fornecedores de armamento da Síria e lembrou a promessa feita, em 2013, por Vladimir Putin de acabar com as armas químicas na Síria. Trump diz que a promessa não foi cumprida e que agora o presidente russo tem de decidir de que lado está.

Moscovo já fez saber que a acção militar dos Estados Unidos, França e Reino Unido terá consequências. Numa nota oficial, o embaixador russo em Washington disse que estes países não ligaram às advertências do Kremlin e que a responsabilidade das consequências deste ataque vai recair sobre Washington, Paris e Londres.

Numa declaração gravada, a primeira-ministra britânica justificou o envolvimento do Reino Unido nesta acção militar porque não se pode permitir o uso de armas químicas em lado nenhum do mundo. Theresa May confessa que preferia um caminho alternativo, mas com as opções diplomáticas esgotadas, um ataque era a única forma de dissuadir Assad a recorrer de novo a este armamento.

O Pentágono garante que o ataque foi planeado de forma a provocar o maior dano possível na capacidade de armamento químico do regime de Bashar Al-Assad, sem provocar baixas civis. O General Joseph Dunford revela, também, que houve uma preocupação em escolher alvos onde não estivessem forças militares russas.

A NATO já fez saber que apoia os Estados Unidos, França e Reino Unido nos ataques realizados contra a Síria. Num comunicado, a Aliança Atlântica lembra que tiveram por objectivo reduzir a capacidade do regime sírio de fazer mais ataques químicos contra o próprio povo.

Desde o ínicio da guerra na Síria, em 2011, mais de 465 mil sírios morreram no confilto e 12 milhões foram obrigados a deixar as suas casas. Metade destes, cerca de seis milhões, fugiram do país e vivem agora como refugiados.

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