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Política

TACV: INPS subscreveu obrigações e ganhou dinheiro – antigo PCA

O antigo presidente do conselho de administração do INPS, José Maria Veiga, revelou hoje em sede da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que a instituição subscreveu as obrigações lançadas pelos TACV no valor de 475 mil contos e que ficou a ganhar.

José Maria Veiga considera que esta operação foi “bem-sucedida”, tendo o Instituto Nacional de Previdência Social recuperado para além do montante investido, devido à taxa de juro de 6,5 por cento (%).

Segundo ele, à época em que foi PCA do INPS, a instituição tinha cerca de 11 milhões de contos à ordem nos bancos, porque estes não conseguiam remunerar estas reservas do Instituto.

E para rentabilizar estes fundos, prossegue, alguma parte foi aplicada em obrigações do Estado com o devido aval do Governo.

“Não há aplicação mais segura do que as obrigações do Estado, desde que tenha aval do Governo”, assegurou o antigo gestor do INPS.

Na sua perspectiva, um gestor não pode dar-se ao luxo de deixar o dinheiro a “apodrecer no banco” e, tendo uma oportunidade para o aplicar e não o faz.

Deixou entender que os 475 mil contos aplicados permitiram “rentabilizar os recursos do INPS”.

Embora tivesse sido convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na qualidade de ex-PCA do INPS, disponibilizou-se para responder às questões relacionadas com a TACV-Cabo Verde Airlines, já que foi também ministro de tutela da transportadora aérea nacional.

“Das informações que tenho, desde 1995 é que a TACV não teve resultados positivos”, disse, acrescentando que foi um “acumular de situações” que levou a companhia aérea de bandeira a ter dificuldades em honrar os seus compromissos.

Revelou que a ex-ministra das Finanças, Cristina Duarte, “não tinha acções directas sobre os TACV” e que isto só veio a acontecer, porque, caso contrário, a empresa dos transportes aéreos “pararia”.

Questionado, se aplicação dos fundos financeiros do INPS foram para ter lucro, ou para salvar os TACV, afirmou que o objectivo foi no sentido de obter lucros, porque fê-lo com o aval do tesouro.

“Se não tivesse aval do Estado, o INPS não entraria”, indicou José Maria Veiga, acrescentando que em caso da falência da empresa a instituição “nunca perderia o dinheiro investido”, porque é o próprio Estado que deu esta garantia.

Fonte: Infopress

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