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Política

Estado da Nação: Presidente do MpD afirma que Cabo Verde é hoje um país mais vulnerável

O presidente do MpD afirmou esta sexta-feira que Cabo Verde é hoje mais vulnerável e culpabilizou o Governo, que segundo disse, não preparou o país para enfrentar os desafios agravados pela saída do grupo dos Países menos avançados.
Ulisses Correia e Silva, que falava no final de um encontro com os jornalistas, na Cidade da Praia, que tinha por propósito apresentar as perspectivas do principal partido da oposição sobre o Estado da Nação, sublinhou que apesar de muita propaganda com ‘slogan’ da “transformação”, os dados mostram que as políticas do Governo falharam em termos de resultados.
“O Estado da Nação é de deterioração política, social, economia e institucional…Hoje temos um país mais vulnerável, que não exporta, super dependente das ajudas, pouco competitivo, com mau ambiente de negócios, muita pobreza (130 mil pessoas a vivem com menos de 125 escudos) e muito desemprego. Esses é que são resultados. O resto são enunciados”, sublinhou.
Conforme disse, o Governo sabia que desde 2007 o país viria registar quebra nas ajudas externas e teria que preparar o país, mas tal não aconteceu.
“Devíamos estar, neste momento, com um país mais preparado para ter soluções alternativas, um país que exporta, que atrai investimentos directo estrangeiro, que presta serviços internacionais. Isto não existe. O que quer dizer que a nossa dependência à ajuda e empréstimo é muito elevado”, sublinhou.
Ademais, acrescentou que, para além dos factores externos, há também a vulnerabilidade a choques internos e falou concretamente do mau ano agrícola que deixou os agricultores e criadores em situações complicadas porque não tiveram da parte do Estado instrumentos de compensação que permitisse evitar a quebra de rendimento e o empobrecimento de várias pessoas.
“Isto quer dizer que são vulnerabilidades que foram acrescidas. Transformar pressupõe termos hoje, em 2015, um país adaptado aos choques e que e pudesse evitar que esse choques depois atingissem as pessoas como esta acontecer”, sublinhou.
Ulisses Correia Silva manifestou também a sua preocupação com o nível de endividamento público do país, considerado “a sétima economia mais endividada do mundo”.
Além de dificultar do acesso das empresas ao crédito, impedindo o desenvolvimento da economia privada, de levar ao aumento dos impostos, esse indevidamente excessivo, segundo Ulisses Correia e Silva, deixa pouca margem de manobra para criar adaptações para o futuro.
Ao diferenciar o Estado, o Governo e a Nação, disse que a Nação composta pelos cabo-verdianos e cabo-verdianas merece aplausos pela resiliência, pelo esforço, por estarem a acreditar mesmo estando numa situação difícil.
“Nós temos que dar aplausos aos cabo-verdianos pela sua resiliência e por estarem depois de todo esse tempo de pé com vontade de alcançar nos horizontes. Já o Governo, durante 15 anos, não conseguiu alterar estruturalmente nem a economia e nem a sociedade”, frisou.
O debate sobre o Estado da Nação está previsto para esta sexta-feira, precisamente no último dia da última sessão parlamentar do ano político.
Fonte: Inforpress
 

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