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Economia

Complexo turístico David Chow: obras vão iniciar pela Gamboa

As obras do complexo turístico, que inclui a construção de um hotel-casino na cidade da Praia, do empresário macaense David Chow,  vão começar primeiro pela Gamboa.
O anúncio foi feito na manhã deste sábado, na capital, durante o lançamento do referido complexo turístico, que prevê a construção de um hotel-casino sobre o mar, entre o ilhéu de Santa Maria e a Gamboa, e a construção de um resort integrado dentro do próprio ilhéu.
Durante a cerimónia David Chow fez questão de frisar que o projecto é para ser concretizado e disse tratar-se de um complexo do qual todos os cabo-verdianos poderão usufruir. “O povo cabo-verdiano é que vai fazer uso dos benefícios do resort”, afirmou o magnata, que se fez acompanhar da família a Cabo Verde para mostrar “que todos estão engajados no projecto”.
Aliás, o empresário garantiu ainda que este projecto deixa transparecer que “Cabo Verde está em primeiro lugar na plataforma sino-africana” e que com a “cooperação” de todos, “promotor, governo, câmara municipal da Praia e povo cabo-verdiano, o projecto vai ser realidade”.
Uma cooperação que foi também reforçada pelo primeiro-ministro José Maria Neves, que vê neste projecto uma “referência” que marca uma nova fase para a Praia e Cabo Verde. Depois dos investimentos em infraestruturas como portos, aeroportos, água, energia e estradas, o chefe do Executivo diz ter chegado a hora de “rentabilizar” esses investimentos e que para isso é necessário a parceria do “sector privado”. Neves enalteceu também o engajamento de todos os envolvidos no processo, incluindo Câmara Municipal da Praia, exortando o presidente Ulisses Correia e Silva a criar “condições fiscais e parafiscais”.
Já Leonesa Fortes, ministra do Turismo e Desenvolvimento Empresarial destacou a importância que este ousado empreendimento vai ter na “transformação da capital” num destino de negócios e na “criação de capacidades de prestação de serviços de alto standing”. Não só pelas oportunidades que vai criar, mas também através da geração de postos de trabalho sustentáveis e de rendimentos para as famílias. Leonesa Fortes salientou ainda que Cabo Verde está a trabalhar para aumentar a agenda bilateral com a China de forma a “maximizar” o potencial geo-económico do país, desafiando, de forma salutar, o empresário macaense a “trazer mais investimentos” para Cabo Verde.
Também o autarca Ulisses Correia e Silva mostrou-se grato por este projecto que “vai dar um impulso a um novo olhar da cidade para o mar”, porque, actualmente, essa “relação é de baixa qualidade”. Isto para dizer que a requalificação da Gamboa e toda a sua orla marítima vão transformar a forma como os praienses interagem com esse espaço.
Recorde-se que este é o maior e mais complexo projecto que virá a ser construído no arquipélago, orçado em 250 milhões de euros e que deverá gerar dois mil e 100 postos de trabalho directos. As obras vão iniciar pela Gamboa, onde serão construídos escritórios, áreas residenciais, um clube de ténis, um parque de estacionamento, áreas desportivas e de lazer para a prática de desportos náuticos,  além de toda a requalificação da orla marítima.
Já dentro do ilhéu será construído um resort com um centro internacional de convenções, um centro cultural, incluindo um museu da escravatura, uma boutique-hotel, além de espaços verdes. O resort estará ainda dotado de uma marina com clube náutico e capacidade para entre 20 a 30 embarcações.
Depois, não menos importante, será a construção do hotel-casino, sobre a água, entre o ilhéu e a Gamboa, com 150 quartos, além dos espaços de jogo, com mesas e slotmachines e uma sala VIP para jogadores “especiais”.
Todo o complexo estará ligado à Gamboa através de uma via a ser construída sobre o mar com duas faixas para viaturas, faixas para peões, ciclovia e espaços verdes.
GC
 

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