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Política

"Má gestão vai continuar enquanto a TACV estiver partidarizada" – MpD

A “má gestão” dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) vai continuar enquanto a empresa estiver “altamente partidarizada”, considerou esta sexta-feira o vice-presidente do MpD, Olavo Correia, que apontou a privatização como a única solução.
Em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, o vice-presidente do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), afirmou que nenhum gestor público deve decretar falência da empresa que ele gere, por ser “lesiva” para os interesses da companhia e do País, ao contrário do que fez o presidente do Conselho da Administração dos TACV, João Pereira.
“Essa responsabilidade é do Governo que nomeou o conselho da administração e que vem mantendo essa administração a gerir esta importante empresa, por isso enquanto a gestão da empresa for altamente partidarizada teremos dificuldades enormes em relação a formatação de uma gestão de qualidade”, frisou, lembrando que João Pereira é membro da comissão permanente do partido que sustenta o Governo, o PAICV.
Segundo o vice-presidente do maior partido da oposição, o Executivo “não pode continuar a assobiar para o lado”, mas sim agir para que os TACV seja uma empresa “eficiente”, que pratique preços competitivos e tenha rotas no sentido da promoção do desenvolvimento e da mobilidade em Cabo Verde, o que no seu entender, só será possível com a privatização, como fizeram outros países do mundo, e que hoje têm empresas de transportes aéreos de bandeira bem geridas.
“Este é o caminho para dar a empresa a capacidade de gestão, financiamento e mercados necessários para garantirmos a competitividade a nível global”, explicou a mesma fonte, que lembrou que os TACV, com 57 anos de existência, “tem tudo para dar certo”, mas o Governo “não tem sabido tirar vantagens e encaixar” o processo de privatização dentro de uma estratégica que visa a valorização do potencial cabo-verdiano geoeconómico e geoestratégico.
Segundo Olavo Correia, há cerca de 15 anos que este Governo teve todas as condições para “moldar” uma nova política de transportes e de transportes aéreos, mas que foi um “falhanço total da famigerada” agenda de transformação, que prometeu, entre outras coisas, um “hipercluster” do mar e um “cluster” do céu, resultando em preços elevados, irregularidades nas rotas e ausência de regulação efectiva.
Olavo Correia sublinhou, ainda, que os TACV vêm acumulando, nos últimos anos e decorrente de “má gestão”, resultados negativos no montante de mais de 7.000.000 de contos, e com o gestor a agir à revelia e em desobediência às orientações da entidade reguladora, impondo novas e elevadas tarifas.
E porque considera que Cabo Verde não precisa dos TACV com portas fechadas, o dirigente da oposição quer ter respostas por parte do Governo, para entre outras questões, o que vai fazer para evitar a falência da empresa, como vai responsabilizar a administração da companhia pelo desacato à Autoridade de Aviação Civil, quem vai continuar a pagar os prejuízos e a coima aplicada, e qual a estratégica para a privatização da empresa.
Fonte: Inforpress

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