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Economia

Tribunal manda confiscar bens da Moura Company por causa de dívidas ao banco

O Tribunal da Comarca da Praia mandou confiscar os bens da empresa de transporte colectivos públicos de passageiros que opera na Cidade da Praia, Moura Company, na sequência de uma acção intentada contra a empresa pelo Banco Interatlântico.
De acordo com informações confirmadas à Inforpress pelo presidente do conselho de administração da Empresa, António Moura, ao todo foram penhorados 31 autocarros e a oficina de Achada São Filipe.
António Moura disse que já era uma situação esperada, já que a empresa depois de ter feito um investimento de cinco milhões de euros em autocarros e oficinas, em 2008/2009, deixou de ter receitas para cobrir as despesas e cumprir as suas obrigações junto dos credores.
Tudo porque, segundo afirmou, houve uma “tentativa deliberada do Governo para acabar com a sua empresa”.
“Digo isto porque o Governo permitiu que mais de 400 viaturas entre hiaces e táxi clandestinos operassem nas linhas concessionadas à empresa na Cidade da Praia, sem pagar impostos, fazendo concorrência desleal à Maura Company, deixando a empresa na situação em que se encontra hoje”, explicou.
“Eu denunciei essa situação várias vezes na comunicação social, falei com o Governo e não se fez nada”, disse, adiantando que se houvesse uma “fiscalização séria” pela Polícia de Trânsito, hoje a sua empresa não estaria nessa situação.
O proprietário da empresa revelou ainda que, passado um ano da aquisição da frota de cerca de 100 autocarros, a empresa teve que parar mais de 30 porque as receitas do dia já nem sequer davam para cobrir os custos com os combustíveis e devido a essa “concorrência desleal” dos hiaces e táxis clandestinos, que afirma serem a “maioria propriedade dos agentes da polícia”.
Apesar de falida, António Moura adianta que a Moura Company não vai fechar as portas.
Ultimamente a empresa esteve a operar com cerca de 30 autocarros e cerca de uma centena de trabalhadores, depois de executada a decisão do tribunal ficou apenas com dez autocarros operacional e que se encontram a circular.
Nos próximos dias, adiantou, vai tentar recuperar mais alguns, sobretudo, para garantir os postos de trabalho dos trabalhadores que “têm amor à empresa”, e que têm trabalhado mesmo com salários em atraso.
Contudo avançou que neste momento os salários já estão praticamente regularizados.
Lembrar que desde Abril do ano passado decorre no Tribunal uma acção intentada pela empresa contra o Estado de Cabo Verde, por se sentir, “profundamente lesada” nos seus direitos, enquanto investidor externo, devido ao facto de ter permitido, “de forma deliberada”, a concorrência ilegal e desleal das viaturas hiaces e taxis nas linhas dos transportes coletivos de passageiros concessionadas à empresa.
Fonte: Inforpress

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