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Sociedade

Cabo Verde precisa de mais meios humanos e técnicos para combater tráfico de droga – UNODC

Cabo Verde precisa de mais meios humanos e técnicos para combater o crime organizado, nomeadamente o tráfico de droga na África Ocidental, onde, anualmente, passam entre 30 a 35 toneladas de estupefacientes, disse hoje fonte oficial.
Segundo o representante regional do Escritório das Nações Unidas Contra as Drogas e o Crime (ONUDC), Pierre Lapaque, que se encontra de visita à Cidade da Praia, Cabo Verde está a atravessar “muitas dificuldades” nesses domínios, pelo que é necessária uma ação conjunta de todos para combater os fenómenos.
“Cabo Verde está a enfrentar muitas dificuldades e a ideia é trabalhar com o Governo para ver possibilidades de cooperação, melhorar a nossa colaboração e dar todo o apoio possível ao país”, afirmou Lapaque aos jornalistas, após ter sido recebido pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
“(A África Ocidental) é uma região onde a droga ainda está a passar, em direção sobretudo à Europa. Temos 30 a 35 toneladas de droga a passar através da região. Não estou a dizer só por Cabo Verde ou Guiné-Bissau, mas através da região. São quantidades muito importantes e os países da região têm muitas dificuldades para enfrentar esses problemas”, salientou o responsável da ONUDC, com sede em Dacar.
Lapaque, acompanhado na visita a Cabo Verde pelo responsável da secção do Combate aio Tráfico Organizado, Tráfico Ilícito e Terrorismo, Marcos Teixeira, e do perito David Izadifar, lembrou ser “quase impossível” acabar com os vários tipos de tráficos e de trânsito na região oeste-africana.
“É possível fortalecer as Forças Armadas, a Polícia Judiciária (PJ) e todos os serviços de informações do país para que possam ter um melhor conhecimento dos problemas e a ser mais ativos e proativos nesta guerra contra o crime organizado”, salientou.
No seu entender, há, em Cabo Verde, vontade política do Governo em combater os vários fenómenos, mas também é necessário que obtenha e divulgue mais informações, de mais funcionários devidamente formados e ainda de mais meios técnicos para “agilizar” a PJ e a área da Justiça.
“Vamos trabalhar com os parceiros internacionais para fortalecer áreas como a formação e dotar o país com mais meios técnicos. A mobilização total dos parceiros internacionais, em colaboração com ONUDC, passa também por concluir um trabalho de maior coordenação”, concluiu.
Nos últimos anos, Cabo Verde tem vindo a ser assolado com o aumento do crime organizado, sobretudo em relação ao narcotráfico, em que os esforços das autoridades locais têm conseguido vários sucessos, embora pontuais, mas também no domínio da segurança, com constantes assaltos à mão armada e a assassínios.
Fonte: Lusa

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