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Economia

Peritos nacionais e estrangeiros investigam naufrágio do “Vicente”

A Agência Marítima e Portuária (AMP) já credenciou um perito nacional que vai liderar uma equipa, reforçada por investigadores internacionais, cuja missão é fazer inquérito independente ao naufrágio do navio “Vicente”. O resultado da investigação ao acidente, no qual três pessoas morreram e há ainda 12 pessoas desaparecidas, deve ser conhecido daqui a dois ou três meses a contar desde o dia 27 de Janeiro quando os peritos nacionais iniciaram os trabalhos.
O presidente da AMP, António Cruz Lopes, garantiu esta sexta-feira, em conferência de imprensa no Mindelo, que a equipa de peritos vai auditar ou inquirir pessoas singulares, empresas e entidades, entre quais o armador, agentes de viagem, carregadores, tripulação, funcionários dos serviços portuários e marítimos, para se poder perceber o que provocou o naufrágio do navio, ocorrido no passado dia 8 de Janeiro nas proximidades do porto do Fogo.
Mais de 20 dias após o naufrágio, António Cruz falou pela primeira à imprensa sobre o caso, mostrando-se solidário com os familiares daqueles que se encontram desaparecidos ou que morreram no mar. O presidente da AMP aproveitou para responder àqueles que criticam a actuação da agência no processo de salvamento dos 26 náufragos. “Aquando do factídico acidente, a presença da AMP na ilha do Fogo foi prontamente reforçada com a deslocação na manhã do dia 9 de Janeiro de uma equipa constituída pelo delegado marítimo da ilha do Sal, de um inspector da AMP e de um administrator, que ficou encarregue de coordenar as operações de busca e salvamento marítimo na cena das operações”, explicita Cruz, que também elogiou o trabalho do Serviço Nacional de Protecção Civil nas buscas apeadas.
Entretanto, só o inquérito poderá esclarecer as causas do naufrágio do “Vicente”, que se afundou com 26 pessoas a bordo, sendo 18 tripulantes, dois condutores e um agente da companhia Tuninha e cinco passageiros. Destas pessoas, 11 foram resgatadas, três morreram e 12 encontram-se desaparecidas.
O navio, que pertencia à Companhia Tuninha, afundou-se na noite do passado dia 8 de Janeiro, a quatro milhas do porto de Vale dos Cavaleiros, na ilha do Fogo.

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