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Santiago

Refeições quentes para travar abandono escolar

O Liceu Amílcar Cabral (LAC), na cidade da Assomada, em Santa nta Catarina, lançou mãos a um programa de refeição quente, destinado aos seus alunos mais carenciados e que moram em localidades distantes. Isso como forma de travar o abandono escolar que se faz sentir.
O subdirector pedagógico do LAC, João Gonçalves, revelou ao A NAÇÃO que o projecto de refeição quente, nesse estabelecimento de ensino, surgiu da constatação de que um número crescente de estudantes estão a desistir das aulas por dificuldades financeiras. Isto porque sobretudo nos dias que têm aulas de educação física e TIC (xxxxx), os mesmos alunos são obrigados a permanecerem durante todo o dia na escola, não tendo como se alimentar convenientemente.
“Muitas vezes, os pais não têm condições para pagar o transporte escolar duas vezes por dia, ou então garantir o lanche a esses alunos. Entendemos que podemos contornar a situação com uma pequena refeição oferecida pela escola”, afirma.
Através de um programa, “Ajude-nos a Ajudar”, a direcção do “Amílcar Cabral”, em parceria com o grupo disciplinar “educação para cidadania”, está a desenvolver uma campanha de recolha de géneros alimentícios junto dos professores, ex-alunos do liceu e amigos no concelho de Santa Catarina e não só.
“Graças a este gesto, em pouco tempo, os promotores dessa iniciativa conseguiram arrecadar cerca de 750 quilos de alimentos diversos. E a direcção do liceu, por seu turno, conseguiu também adquirir alguns equipamentos de cozinha e já estamos há um mês a oferecer cerca de 30 refeições quentes por dia”, diz aquele responsável.
CRITÉRIOS
Conforme João Gonçalves, a selecção dos alunos beneficiados é feita por uma equipa específica, formada por professores de educação física e TIC, com base num conjunto de critérios. “Temos uma escola com mais de 4 mil alunos, o que torna difícil oferecer refeições quentes a toda gente; então, os aspectos a serem levados em conta foram a distância da residência dos alunos em relação à escola e a situação financeira dos pais. E, nesta primeira fase, já foram seleccionados 200 alunos. Mas, numa segunda fase, queremos abranger mais alunos”, assegura.
Através deste jornal, aquele responsável lança um apelo, em nome da comunidade liceal da Assomada, junto das “forças vivas” de Santa Catarina e na diáspora a contribuírem nesse “nobre projecto”, através de doações, nomeadamente, de géneros alimentícios e produtos de higiene, sumos, temperos, copos e talheres de plástico etc. Donativos estes que podem ser entregues directamente no Liceu Amílcar Cabral, na Assomada, ou então na cidade da Praia, na loja Toty Coya, à entrada do Palmarejo, na subida que dá acesso à praça.
APADRINHAMENTO DOS ALUNOS
Ainda segundo João Gonçalves, os professores e membros de direcção do LAC têm estado igualmente a apoiar os alunos com o pagamento de propinas durante o ano lectivo. Tudo isso, para evitar que os alunos abandonem a escola, sobretudo neste ano de nula “azágua”, sendo que o Liceu Amílcar Cabral recebe jovens maioritariamente oriundos de zonas rurais, por isso os mais afectados pelo mau ano agrícola.

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