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Política

Chã de Pedras “exige” estrada ao primeiro-ministro

Um grupo de pessoas oriundas de Chã de Pedras, Ribeira Grande,  entrega este sábado ao primeiro-ministro uma carta a exigir uma estrada de penetração ao referido vale, após uma ampla campanha de recolha de assinatura do documento.
Os promotores da iniciativa, com Miguel Pires  a liderar, entendem que chegou a hora do lugar que os viu nascer, após longos anos à espera que o Governo construísse outras infra-estruturas em Santo Antão.
Na carta, que prepararam há algumas semanas e que entregam este sábado  do primeiro-ministro logo depois da inauguração da barragem de Canto de Cagarra, os signatários lembram que apesar dos grandes investimentos feitos em Santo Antão, a economia da ilha estagna e a população diminui.
Isso porque entendem que falta ao governo, à sociedade e aos cidadãos, individualmente, combinar um conjunto de políticas públicas, de inspecção e participação para reforçar a confiança, melhorar as escolhas e aumentar a produção.
“A estrada de Chã de Pedras corresponderia a estes três critérios e, como os arquivos provam, o falecido engenheiro José Spencer, que foi responsável durante muitos anos pelas estradas de Santo Antão, não tinha dúvidas: finalmente chegará a vez de Chã de Pedras”, le-se no documento que leva a assinatura de cerca de 900 pessoas.
Os moradores e filhos do vale de Chã de Pedras, que abrange Curral de Coculi, Fajã de Matos, Furnas, Boca de João Afonso, João Afonso, Ribeirão, Chã de Pedras, Fajã de Barreira, Bento, Aguada, Pia  e Agriões, entre outros lugares, escrevem no documento que esperaram pacientemente a conclusão da estrada que liga Porto Novo  ao Paul e à Ribeira Grande  pela via costeira, assim como as de Ribeira da Torre e Garça e outras no concelho do Porto Novo.
Mas agora não vislumbram mais motivos para que os poderes, local e central, não ajudem a população local a concretizar o sonho de transitar naquele vale sem os solavancos de um caminho  carroçável aberto no leito da ribeira e sujeito ao regime das chuvas.
“Através desta acção de lhe escrever uma carta coletiva, queremos, por um lado, dizer que confiamos na sua palavra e, por outro, que continuamos decididos a exigir a realização dos nossos direitos políticos, sociais, económicos e culturais, sem nunca subestimar os valores do equilíbrio regional e da solidariedade nacional na distribuição dos recursos”, concretizam os promotores, com Miguel Pires à cabeça, numa lista em que apareceram os nomes dos empresários José Pedro Oliveira e Valdemiro Tolentino, assim como de outros filhos daquele vale agrícola santantonense.
Além de entregar a carta a José Maria Neves, o grupo promete desencadear uma série de acções coletivas até receber uma “resposta convincente” da parte do governo à exigência feita.

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