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Sal possui a população mais expressiva de “Rabo de Junco” de toda a África Ocidental – especialista

A ilha do Sal possui a população mais expressiva de Rabo de Junco e é o lugar de reprodução “mais importante” desta espécie de ave marinha de toda a África Ocidental, disse o professor da Universidade de Barcelona, Jacob Gonzalez-Solis.
Este disse igualmente que no quadro do projecto de preservação das aves marinhas em Cabo Verde, financiado pela Fundação Mava e executado em parceria com as universidades de Barcelona (Espanha) e Coimbra (Portugal) e várias ONGs cabo-verdianas, a nível da ilha do Sal, através do trabalho desenvolvido nos últimos meses com uma ONG local, foi possível identificar 120 ninhos acessíveis, o que significa a existência de 120 casais de Rabo de Junco.
“É fantástico porque não conheço outras ilhas com uma população expressiva de Rabo Junco e o Sal passou a ser o lugar de reprodução mais importante de Rabo de Junco a nível da África Ocidental”, disse o professor do Departamento de Biologia Animal da Universidade de Barcelona, indicando que a ilha possui mais de 300 casais desta espécie de ave marinha e é uma população “muito importante” até agora desconhecida pela ciência.
Segundo o mesmo, no quadro do projecto, está-se a trabalhar com Rabo de Junco em quatro sítios em simultâneo, nomeadamente no Ilhéu Raso, Boa Vista e Sal (Cabo Verde) e no Ilhéu Madeleine, perto de Dakar (Senegal) a única zona onde existe população de Rabo de Junco naquele país.
O especialista indica que a população de Senegal juntamente com a de Cabo Verde são as únicas de África Ocidental e a população mais próxima desta espécie encontra-se nas Caraíbas ou mais para sul, na ilha de Santa Helena, razão pela qual, explica, é “muito relevante” para a preservação da espécie em África.
Para o especialista, encontrar tantos casais na ilha do Sal é surpreendente porque inicialmente a ilha parecia não ter esta espécie e nem importância para a conservação de aves marinhas e, de repente, passou a ser o lugar “mais importante” para esta espécie, em toda a África Ocidental
A partir de agora, adianta, o projecto vai trabalhar no sentido de fazer o seguimento, através de monitoração de alguns ninhos, colocação de aparelhos de GPS para conhecer onde esta espécie procura alimentos, mas também para acompanhar a evolução da sua população.
Inforpress

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