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Economia

São Vicente: Primeiro-ministro destaca “particular importância” que Governo atribui às empresas exportadoras

O primeiro-ministro declarou este sábado, no Mindelo, que o seu Governo atribui “particular importância” às empresas que operam no sector exportador, por se tratar de uma área “essencial” para Cabo Verde, também geradora de empregos e rendimentos.

Ulisses Correia e Silva veio ao Mindelo presidir à cerimónia oficial de comemoração do 25º aniversário da instalação, em São Vicente, da indústria de componentes e calçado ortopédico, ICCO, sediada no Lazareto, na presença do proprietário da empresa, Armindo Costa, do ministro do Comércio e Indústria, Alexandre Monteiro, e do presidente da Câmara de São Vicente, Augusto Neves, entre outras individualidades e trabalhadores da empresa.

Para o chefe do Governo, mais do que comemorar 25 anos de existência, o momento é de celebrar “a capacidade empreendedora, o compromisso com Cabo Verde e com São Vicente”, de um empresário que “acreditou em Cabo Verde e investiu”.

Por isso, assegurou que o seu Governo continua “muito interessado” em desenvolver, em conjunto, as medidas que se “mostrarem necessárias para a empresa continuar a crescer, a exportar, a investir e a criar postos de trabalho, emprego e rendimento” para os seus colaboradores.

Na ocasião, Ulisses Correia e Silva aproveitou para lembrar algumas medidas que tomou desde que assumiu a governação, entre elas as questões fiscais, mas deixou a garantia de que na área dos transportes vão chegar “diversas soluções”, quer na vertente marítima, quer aérea, inter-ilhas e internacional, com “regularidade e previsibilidade”.

Da mesma forma, anunciou que no campo da energia, o seu Governo encontra-se a trabalhar “em diversas frentes” para melhorar a eficiência energética com impacto nas tarifas.

Um outro campo de acção, di-lo o primeiro-ministro, é burocracia, que, reconheceu, é o “calcanhar de Aquiles” da administração cabo-verdiana, mas que está a ser “devidamente atacada”, particularmente nas operações de importação e exportação.

O Governo, anunciou, prevê até o final do ano criar um figurino de janela única para as operações de comércio externo, precisamente para facilitar todos os procedimentos relacionados com os negócios de importação e exportação.

“Podem contar com o Governo porque aqui estamos a casar interesses, é win-win (ganhar-ganhar), pois o país precisa ganhar mais com a exportação, com o emprego, e a empresa precisa de condições para criar mais emprego e fazer exportações”, concluiu Ulisses Correia e Silva.

O administrador e fundador da ICCO, Armindo Costa, por seu lado, disse que abraçou o projecto empresarial, em 1993, com os objectivos de garantir, por um lado, o crescimento internacional da ACO, empresa-mãe sediada em Vila Nova de Famalicão (Portugal), que fundou em 1975, e, por outro, a partir de Portugal, contribuir para o desenvolvimento económico de Cabo Verde.

O empresário, que disse querer continuar a contar com a “excelência da mão-de-obra” cabo-verdiana, numa empresa cujo calçado é vendido em 37 países dos vários continentes, nos mercados “mais desenvolvidos do mundo”, anunciou projectos para fazer a ICCO, que actualmente emprega 250 pessoas, crescer e aumentar o número de postos de trabalho.

“Mas há problemas de infra-estruturas e de logística que precisamos ultrapassar”, advertiu, ao mesmo tempo que se mostrava “convicto na sensibilidade” do Governo às questões relacionadas com a eficácia no escoamento dos produtos da empresa.

“O nosso compromisso com Cabo Verde é cada vez maior”, reiterou Armindo Costa, para quem o futuro da ICCO em Cabo Verde será “aquele que o país quiser”.

Por fim, e como prenda de aniversário, anunciou que vai ser processado um mês de salário extra a todos os trabalhadores que se encontravam na empresa em 31 de Dezembro de 2017.

Inforpress

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