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Sociedade

PCA do Hospital Agostinho Neto apela a uma maior comparticipação de todos nos custos do funcionamento da saúde

O presidente do Conselho de Administração do Hospital Agostinho Neto (HAN), Júlio Andrade, afirmou hoje que todos os utentes devem aumentar a sua comparticipação nos custos do funcionamento da saúde para que tenham uma “saúde de ponta”.

O repto foi lançado na Cidade da Praia, no final de uma visita guiada aos serviços da Pediatria, Cirurgia e o Centro de Diálise, na sequência da denúncia do jornal “A Nação”, em que o presidente da Associação dos Doentes Renais afirma que o Centro de Diálise não dispõe de condições físicas e de medicamentos para tratamentos renais.

Júlio Andrade avançou que daqui a seis anos, Cabo Verde vai ter uma media de 300 doentes com insuficiência renal e que perante o custo elevado do tratamento e o reduzido orçamento do hospital, as despesas terão de ser suportadas por toda a sociedade, ou seja, aumentar o imposto.

“Se queremos saúde de ponta , temos de pagar mais. Nós não podemos querer ter saúde de ponta e a custo zero. Se não aumentarmos os impostos, temos de aumentar a nossa comparticipação nos custos do funcionamento da saúde”, precisou Júlio Andrade, que avançou que o custo médio anual de tratamento de um doente renal é de 1700 a 2000 contos e abrange os medicamentos, análise e consumíveis para os monitores.

Revelou que neste momento o centro tem 140 doentes e que pagam apenas uma taxa de 100 ou 200 escudos para consultas e análises.

Em relação às acusações do presidente da Associação dos Doentes Renais, Filomeno Rodrigues, que reclama da falta de condições físicas no Cento de Diálise, mas também de medicamentos essenciais para o tratamento, Júlio Andrade refutou a denúncia, garantindo que o centro funciona “muito bem” e classificou as noticias como “fake news”

O presidente assegurou que o Centro de Diálise de Cabo Verde tem a qualidade dos centros de diálise dos países desenvolvidos e que é uma estrutura de excelência que deveria orgulhar todos os cabo-verdianos.

“Os medicamentos são disponibilizados pela Direcção-Geral de Farmácia. Tudo aquilo que é medicamento essencial não falta e tudo aquilo que é importante para o tratamento de doentes não falta”, revelou o PCA, adiantando que o Ministério da Saúde disponibilizou 15 mil contos só para um único medicamento para os doentes renais.

Júlio Andrade informou ainda que o centro tem todas as condições físicas, com humanização no atendimento, música, ar condicionado e que não existe nenhum cheiro nauseabundo.

Por outro lado, disse que o jornalista tinha o dever ético de contactar o conselho da Administração do Hospital, no sentido de ouvir o contraditório.

Disse estranhar a posição do presidente da associação, uma vez que nunca recebeu alguma queixa em relação a essas acusações feitas.

O Centro de Diálise é uma estrutura dependente directo da Direcção Nacional da Saúde, mas na prática é suportado e gerido pela Direcção-geral do Hospital e pela Direcção-Geral de Farmácia.

Inforpress

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