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Política

São Vicente: UCID questiona critérios de atribuição de bolsas de estudo e pede reavaliação das ponderações

O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) pôs em causa a justeza dos critérios de avaliação para a atribuição de bolsas de estudo e pediu a reavaliação das ponderações.

Em causa, segundo António Monteiro, que falava na terça-feira, em conferência de imprensa, no Mindelo, o “número reduzido” de bolsas atribuídos aos alunos cabo-verdianos no ano lectivo 2018/2019 e ainda a “exclusão de vários estudantes com médias superiores a 18 valores” que “não foram contemplados” com bolsas de estudo quer de mérito, quer sociais.

O líder político, estribado na análise dos dados oficiais, como referiu, declarou que este ano foram atribuídas “apenas 10 bolsas de estudo por mérito” e mais 64 bolsas sociais para estudantes que irão para Portugal.

Nesse meio tempo, ajuntou, 54 estudantes ficaram excluídos e a 166 não foram atribuídos bolsas de estudo, um número que considerou “muito elevado”, quando, precisou, “uma parte destes estudantes” têm média superior a 18 valores.

Mais ainda, segundo a mesma fonte, estudantes de ilhas como Brava, Sal, São Nicolau e São Vicente “não foram contemplados com uma única bolsa social”, já que, “dos 64 atribuídos, 55 foram destinadas a alunos da ilha de Santiago”.

“Isso não motiva e não cria condições objectivas para que os jovens se sintam motivados para estudar e poderemos estar a criar grandes dificuldades no futuro relativamente à capacidade intelectual das nossas gentes e dos quadros”, advertiu António Monteiro.

Sobre as ponderações na avaliação das candidaturas a bolsas de estudo, o líder da UCID classificou de uma “grande injustiça” atribuir o valor de 40 por cento (%) para o rendimento familiar e para a nota do candidato, na avaliação das candidaturas, porque, salientou, o estudante deve ser avaliado em primeiro lugar pelo seu esforço nos anos em que fez o secundário e pela nota que consegue obter na pauta no fim do ano.

“Mas daí a atribuir a mesma ponderação para a nota e para o rendimento familiar, quando se sabe que o rendimento familiar pode ser uma questão de duvidosa eficácia”, declarou Monteiro, que aproveitou para apelar ao Ministério da Educação para reavaliar esses critérios e de “uma forma objectiva” criar as condições para que haja um “maior equilíbrio nas ilhas” e estimule os estudantes que se esforçam para tirar as melhores notas.

“Queremos ver o mais rapidamente possível as ponderações reavaliadas para criar as condições para os jovens cabo-verdianos de Santo Antão a Brava se sintam partes integrantes deste país e não se sintam relegados para segundo plano na atribuição de bolsas de estudo”, concluiu. 

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