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Economia

São Vicente: Complexo de Cova de Inglesa regista “ano muito bom” na descarga de pescado

O ano de 2018 vai a meio mas já é considerado de “muito bom” na descarga de pescado no Complexo de Pesca da Cova de Inglesa (CPCI), com o registo de 3.600 toneladas de pescado descarregado.

Segundo o responsável do CPCI, José Paulo Lopes, os números referem-se até aos primeiros dias do corrente mês de Agosto, sendo que o mês de Julho foi aquele que “bateu todos os recordes”, com um total 1.369 toneladas de pescado descarregado.

“Só para se ter uma ideia da campanha, até hoje, a nossa câmara de armazenamento de frio, de 100 toneladas, encontra-se cheia e tivemos que recorrer a mais seis contentores de congelação”, reforçou a mesma fonte.

Esse período de “maior demanda”, segundo Lopes, já obrigou a CPCI a recrutar 25 trabalhadores eventuais, que ali devem permanecer até Outubro, e que se vem juntar aos 42 funcionários efectivos do complexo.

Assim, até os primeiros dias do mês de Agosto foram descarregados no CPCI 2.454 toneladas de melva, 854 toneladas de cavala e 265 toneladas de gaiado, perfazendo o total de cerca de 3.600 toneladas.

Contudo, o mês de Julho foi “o mais rico”, com 1.301 toneladas de melva descarregados e 67 toneladas de gaiado, não havendo dados da cavala por se tratar da época de defeso da espécie.

Por outro lado, o Complexo de Pesca da Cova de Inglesa produz e comercializa gelo para abastecer os navios de pesca e para a conservação de pescado, tendo registado a cifra de 2.142 toneladas de gelo vendido neste primeiro semestre, das quais 780 toneladas vendidos só no mês de Julho.

“Temos uma capacidade instalada de produção de 50 toneladas/dia de gelo, mas mesmo assim não tem sido suficiente para abastecer os navios e para conservar o pescado com destinado à Frescomar”, aludiu o responsável do CPCI, para quem se torna, por isso, necessário dotar outras ilhas de unidades de produção de gelo para abastecer a frota pesqueira.

O CPCI representa um investimento de 1,5 milhões de euros do Group Ubago, detentora da Frescomar SA, numa concessão que nasceu da necessidade de remodelar e modernizar o único porto de descarga de pescado da frota nacional, segundo o acordo estabelecido com o Estado de Cabo Verde, através da concessionária dos portos, a Enapor, Portos de Cabo Verde.

O CPCI cumpre todas as normas e requisitos internacionais para poder abastecer de pesca nacional as indústrias transformadoras e exportadoras.

Actualmente opera com 42 trabalhadores “directos e estáveis” e aproximadamente 172 trabalhadores indirectos.

O complexo está dotado de dependências e instalações adequadas ao recebimento, manipulação, refrigeração, distribuição e comércio do pescado.

Presta serviços ao sector pesqueiro nacional, empresas e operadores comerciais com registo próprio, visando a colocação nos mercados nacional e internacional de produtos de “boa qualidade, isentos de fraudes e de riscos para a saúde pública”.

O CPCI, da mesma forma, fornece serviço de energia, água, combustível, gelo e armazenagem, entre outros, especialmente para a frota pesqueira local e nacional (artesanal e semi-industrial), seja na preparação para a faina de pesca, como na recepção e descargas de pescado fresco e congelado procedentes de outras ilhas como Sal e Santiago.

Actualmente, o Complexo de Pesca da Cova de Inglesa possui uma zona descarga de 67,2 metros e uma zona de abastecimento de gelo, combustível e água de 40,36 metros.

Em 2017, o CPCI registou um volume de descargas de pescado por barcos nacionais na ordem dos 2.244.132 quilogramas, dos quais 947.276 (melva), 35.143 (cavala) e 1.261.713 (atum).

Inforpress

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