PUB

Mundo

Espanha: Governo não quer abrir “mais nenhuma via judicial” na Catalunha

O primeiro-ministro (PM) espanhol, Pedro Sánchez, assegura que não pretende abrir “mais nenhuma via judicial” na Catalunha e insiste que vai defender a legalidade e o cumprimento do Estatuto de Autonomia.

Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Sánchez pediu, também, ao líder do Partido Popular (PP), Pablo Casado, que os populares sejam “tão leais”, sobretudo na questão da Catalunha, como o seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi com o Governo de Mariano Rajoy.

O PM disse considerar que a questão da Catalunha é uma crise política, pelo que deve ser resolvida politicamente e sempre “com a Constituição na mão”.

O Governo de Madrid – disse -, vai estar atento a “eventuais violações”, mas não deseja abrir novas vias judiciais, uma resposta à proposta de Casado de apoiar o Executivo, com a maioria de que dispõe no Senado, se Sánchez quiser activar novamente o artigo 155.º, que suspende a autonomia, na Catalunha.

Sánchez afirmou, por outro lado, que a reunião desta semana da comissão bilateral Governo-Generalitat (governo regional catalão), a primeira em sete anos, foi um “bom ponto de partida”.

O PM disse-se surpreendido com notícias em alguns “media” sobre acordos alcançados na referida reunião, assegurando que apenas foi combinado prosseguir o diálogo em comissões sectoriais.

Pedro Sánchez disse, ainda, estar consciente de que a solução do problema catalão passa por uma votação dos catalães, mas que difere dos independentistas ao considerar que um acordo que seja votado tem de representar 80 por cento da sociedade catalã.

O artigo 155.º da Constituição espanhola foi aplicado na Catalunha em 27 de Outubro, como resposta à declaração unilateral de independência da região.

Pedro Sánchez tornou-se PM depois de o PSOE ter aprovado, no Parlamento, em 1 de Junho último, uma Moção de Censura contra o Executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), com o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

PUB

PUB

PUB

To Top