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Economia

GAO defende “soluções melhores” para a formação profissional e o emprego

O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) defendeu na sexta-feira, que Cabo Verde precisa de encontrar melhores soluções para oferecer qualificações aos jovens para que criem os seus próprios empregos.

Essa observação foi feita, na Cidade da Praia, pelo director regional do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD), Serge N’Guessan, na apresentação do relatório da visita de cinco dias do GAO a Cabo Verde para avaliação conjunta com o Governo e outros representantes internacionais.

Em declarações aos jornalistas, Serge N’Guessan disse que, em relação ao emprego e a formação profissional foram deixadas “recomendações sólidas” ao governo de Cabo Verde, principalmente no que diz respeito aos jovens.

“O Governo fez algumas reformas, mas tem de continua-las. Trata-se de uma matéria importante, a situação é complexa, mas os jovens não esperam”, disse N’Guessan, completando que é preciso encontrar as melhores soluções, não apenas no sentido de educar os jovens e dota-los de competências, mas também para introduzi-los no mercado do trabalho.

Para aquele responsável, trata-se também de fornecer aos jovens qualificações para que criem os seus próprios empregos. “Esta é uma matéria em que todos os sectores têm que estar envolvidos e não apenas o Governo”, referenciou.

Por seu turno, o ministro das Finanças, Olavo Correia, afirmou que o executico está a trabalhar para ter um sistema de financiamento para que, em todas as ilhas de Cabo Verde, os jovens possam ter acesso à formação profissional.

“A questão do emprego é uma questão sempre central. Toda a política económica tem de poder confinar-se no aumento do emprego. É a partir do emprego que temos mais rendimentos e melhor qual, quer qualidade de vida para as pessoas em todas as ilhas de Cabo Verde”, afirmou o governante.

Olavo Correia adiantou ainda que o executivo está a trabalhar para melhorar a intervenção de todas as entidades que intervêm neste sector.

“Como sabemos a formação profissional é cara, muitos jovens não têm como financiar a formação profissional e nós não podemos permitir que isto seja um ciclo vicioso da geração da pobreza (…) estamos a trabalhar para ter um sistema de financiamento para que em todas as ilhas de Cabo Verde os jovens possam ter acesso à formação profissional”, completou.

O ministro das Finanças, também vice-primeiro-ministro, disse ainda que o sector privado e as famílias são chamados a participar também.

“É uma matéria que diz respeito a todos. Quanto mais qualificados forem os jovens, mais competitiva será a nossa economia, mais qualidade de serviço podemos prestar, melhor serão os rendimentos”, disse o governante que conta com o apoio do GAO e, particularmente, do Luxemburgo, para “melhorar este ecossistema”.

A missão da GAO contou com a participação do Governo de Cabo Verde, representantes do Banco Mundial, Luxemburgo, União Europeia, e tem como objectivo contribuir para o Orçamento do Estado, através de donativos e empréstimos para apoiar as principais políticas dos governantes em prol do desenvolvimento económico e social.

Inforpress

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