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São Vicente

São Vicente: Moradores do Morro Branco realizam “vigília” para exigir melhores condições de vida

Um grupo de moradores da zona do Morro Branco, em São Vicente, realizou na noite desta sexta-feira (8), uma vigília denominada “Morro Branco à luz de vela”. Trata-se de uma manifestação, à semelhança de várias outras já levadas a cabo pelo grupo, para reivindicar energia, água canalizada e iluminação pública para a zona.
Há cerca de 10 anos à espera que as suas reivindicações sejam respondidas pelas autoridades competentes, os moradores do Morro Branco organizaram uma vigília como forma de protesto pelo “esquecimento” a que têm estado condenados. Esta vigília chega, três semanas após este mesmo grupo ter cobrado, na Assembleia municipal, promessas feitas pelo edil sanvicentino, Augusto Neves.
Passado esse tempo e sem que as mesmas tenham sido cumpridas, o porta-voz dos moradores, Emiliano Tavares, fala em “jogo baixo” feito por Neves. “O senhor presidente viu as nossas dificuldades e aproveitou para ganhar dividendos, mas peço-lhe que olhe por nós, porque somos pessoas que estão aqui, mesmo que não seja por mim, mas que seja pelas crianças porque estas amanhã hão-de votar”, disse aquele morador.
Uma outra moradora de nome Iracena Gomes desafiou o edil a se deslocar ao Morro Branco para constatar in-loco a situação vivida em Morro Branco.
“Não quero que ele se ponha na nossa pele, porque seria muito duro para ele. Quero que ele imagine o que um pai ou uma mãe que passa durante o dia no trabalho e regresse à noite e saia depois com um balde à procura de água para fazer comida á luz de vela, para deixar aos seus filhos no outro dia”, avançou.
Caso as suas reivindicações continuem não sendo ouvidas os moradores do Morro Branco prometem mais acções no terreno.
A vigília em Morro Branco foi acompanhada pelo presidente do PTS, Gilson Alves, ele que a meio da semana já se tinha deslocado à zona para acompanhar de perto o drama vivido por esses moradores. Aquele responsável manifestou a sua vontade para que os problemas da zona sejam resolvidos.
“Interesso-me pelo Morro Branco não porque o PTS quer o vosso voto, mas porque queremos que participem do destino da nossa pátria amada. Aqui infelizmente podemos ver que o futuro não é risonho. Se este é o futuro que aguarda um cabo-verdiano, se um cabo-verdiano é um cidadão de segunda na sua terra, então não teremos futuro nenhum. Aqui podemos, como uma simples visita ver o desastre que nos espera, se o nosso país é deliberadamente transformado num inferno para o cabo-verdiano e num paraíso para o turista”, afirmou Gilson Alves.

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