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Iraque: ONU pede à Comissão Eleitoral para investigar alegada fraude

O representante das Nações Unidas para o Iraque, Jan Kubis, pede às autoridades eleitorais do país para investigarem as alegações feitas por alguns partidos de manipulação de resultados das Legislativas da semana passada.

Num comunicado, Kubis insta a Comissão Eleitoral a investigar os casos rapidamente e caso seja necessário a fazer uma recontagem manual em algumas localidades, sobretudo na província de Kirkuk (Norte), onde se registaram queixas.

Uma eventual recontagem deve ser realizada “com total transparência” e perante observadores, para reforçar a confiança no processo, defendeu, adiantando que a ONU se disponibilizou para dar assistência se o Iraque o desejar.

Kubis apelou, ainda, a todos os actores políticos para manterem a paz e comprometerem-se a resolver as disputas eleitorais através dos canais legais.

Seis partidos curdos pediram a anulação dos resultados e a repetição do escrutínio na região e em zonas disputadas entre o governo curdo e Bagdad, como é o caso da província de Kirkuk.

Nesta província, onde vivem curdos, árabes e turcomanos, a União Patriótica do Curdistão foi a força mais votada, segundo os resultados parciais.

Quase 24,5 milhões de iraquianos foram chamados às urnas para escolher os seus 329 deputados no sábado, numas eleições em que foi utilizado pela primeira vez o sistema de votação eletrónica e que registaram uma taxa de participação de 44,52 por cento (%).

A comissão Eleitoral divulgou, até agora, apenas os dados da votação em cada província, sem um cálculo da repartição de lugares no Parlamento.

De acordo com os dados parciais, a aliança inédita entre o líder religioso xiita Moqtada Sadr e os comunistas, a Marcha pelas Reformas, assente num programa de Governo anti-corrupção, foi a mais votada.

A coligação Al-Nasr (A Vitória), liderada pelo primeiro-ministro iraquiano, Haidar Al-Abadi, era a favorita.

A Aliança da Conquista, uma lista de antigos combatentes das milícias xiitas Hachd al-Chaabi, contingente fundamental na vitória contra o grupo “jihadista” Estado Islâmico (EI), alcançou a vitória em quatro províncias.

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