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Quénia inspecciona barragens após ruptura que matou 45 pessoas

O Governo do Quénia mandou inspeccionar todas as barragens do país, depois de uma ter rebentado, na quarta-feira à noite, 9, e provocado a morte de 45 pessoas, deixando centenas de desalojados.

“Vamos enviar peritos e engenheiros para inspeccionarem os materiais utilizados e para saber se os engenheiros que as construíram tinham licença”, disse o ministro das Águas e Irrigação queniano, Simon Chelugui, durante uma visita à zona do acidente na sexta-feira, 11, escreve o jornal “Daily Nation”.

A represa de Patel, no condado de Nakuru, rebentou na quarta-feira, e mais de 70 milhões de litros de água arrasaram campos de cultivo, mas também grande parte das aldeias de Solai.

Até ao momento, foram recolhidos 45 corpos, mas há, também, informações sobre dezenas de desaparecidos, segundo o último balanço do governador de Nakuru, Lee Kinyanjui.

As declarações do ministro das Águas ocorreram um dia depois de um responsável local da estatal Autoridade de Gestão de Recursos Hídricos (WARMA) dizer que a barragem, de propriedade privada, era ilegal.

O Ministério Público ordenou à Polícia uma investigação formal às causas e possíveis responsáveis pela tragédia, que deve ser concluída no prazo de 14 dias.

Segundo a Autoridade Nacional de Gestão Ambiental, o incidente mostra uma lacuna legal, já que a inspecção de represas só se faz depois de já estarem construídas, não é obrigatória e apenas se realiza sob convite dos proprietários.

A barragem que rebentou estava situada numa vasta zona de terrenos privados de cultivo de flores e café, propriedade do latifundiário Mansukul Patel, de quem recebe o nome.

Patel Coffe Estates, empresa que se dedica ao cultivo de café, nozes de macadâmia e à indústria láctea e de carne, tem um total de sete barragens ilegais, segundo a WARMA.

Outras duas das barragens perto da que rebentou, que também continham uma grande quantidade de água, foram esvaziadas para evitar novos incidentes e a aldeia mais próxima na zona foi evacuada, informou Kinyanjui.

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