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Política

Líder da UCID denuncia “situação extremamente difícil” por que passa a população do Fogo

O líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição), António Monteiro, denunciou hoje a “situação extremamente difícil por que está a passar a população do Fogo” e pediu uma solução ao Governo.
O deputado eleito nas listas da UCID fez estas considerações durante uma declaração política hoje no Parlamento, que mereceram a concordância dos grupos parlamentares do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) e do Movimento para a Democracia (MpD-poder).
Segundo a UCID, a população do Fogo, anos após anos, vê a sua qualidade de vida a baixar em todos os sentidos.
António Monteiro justificou a declaração política do seu partido com a visita que uma delegação da UCID realizou ao Fogo, onde, segundo ele, verificou que “cerca de 70% (por cento) da população da ilha vive em situação de pobreza extrema”.
“Nos olhos de todas estas gentes vimos uma esperança. É preciso cumprir Cabo Verde. É preciso dar a este povo (do Fogo) a oportunidade de poder crescer, fazendo justiça social para os que mais precisam”, indicou  o líder da UCID.
Na perspectiva do presidente dos democratas-cristãos, o Fogo é uma ilha com um “potencial extraordinário” para o desenvolvimento do turismo, faltando, no entanto, a “vontade política” de quem de direito para poder ser “competitivo, gerar emprego e colocar o povo na rota do crescimento económico”.
Desafiou o executivo de Ulisses Correia e Silva a dotar a ilha de um aeroporto capaz de receber aviões do tipo Boeing ou Airbus de pequeno porte, factor que, de acordo com Monteiro, poderá contribuir para o desenvolvimento do turismo e permitir que o Fogo prepare o seu futuro da melhor forma.
Relativamente aos efeitos do mau ano agrícola, afirmou que, além da falta de pasto para a alimentação do gado, a população depara-se com a falta do emprego.
“Falámos com centenas de pessoas e o único pedido que fazem é o de quererem trabalhar”, precisou, alertando o Governo no sentido de avaliar a sua posição relativamente ao programa de mitigação dos efeitos da seca na ilha de Pedro Cardoso e “corrigir lá onde for possível”.
Na sua intervenção, o líder da UCID destacou a situação “extremamente difícil” por que está a passar a população de Chã das Caldeiras que, no seu dizer, no passado recente foi “motivo de disputa eleitoral”.
“Não entendemos que, depois de tantas ajudas internacionais, a razão de nem sequer haver água nesta localidade”, deplorou o deputado.
Ao reagir às declarações do líder da UCID, o deputado do MpD, Filipe Santos, anunciou que os materiais para o equipamento do furo “começam a chegar hoje à Chã das Caldeiras”.
“Brevemente, a água estará em todas as casas de Chã das Caldeiras”, concluiu Filipe Santos.
Inforpress

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