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Economia

ASA vai investir 200 mil contos no capital do Afreximbank

 
A empresa de Aeroportos e Segurança Aérea de Cabo Verde (ASA) vai investir 200 mil contos no capital do Banco Africano de Exportação – Importação (AFREXIMBANK). Depois do Banco Central de Cabo Verde (BCV) e do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), a ASA passa a ser a terceira instituição cabo-verdiana a aplicar dinheiro nesse banco africano.
Ao que A NAÇÃO apurou, a decisão da ASA investir 200 mil contos no capital social do Afreximbank consta inclusive da acta da última Assembleia-geral da empresa e a efectivação do investimento deverá acontecer em breve.
A ASA passará assim a ser a terceira instituição cabo-verdiana a aplicar dinheiro nessa instituição financeira, depois do BCV, e do INPS. O banco central cabo-verdiano, é acionista há vários anos, detendo 0,13% do capital social do Afreximbank, representando, em termos absolutos, um investimento de um milhão de dólares.
Inclusive, no último relatório publicado pelo BCV, deste montante falta ainda concretizar a realização de 600 mil dólares, representando a parte subscrita e não realizada até 31/12/2016.
Entretanto, o mesmo relatório mostra que, nos últimos anos, a realização do capital social do BCV tem sido feita através do recebimento dos dividendos do banco.
INPS INVESTE 600 MIL CONTOS
Já a decisão sobre a entrada do INPS no capital social desse banco africano é mais recente. Segundo uma fonte do A NAÇÃO a proposta inicial avançada pela Comissão Executiva do INPS era de 300 mil contos, mas “dadas as disponibilidades do INPS e as vantagens da aplicação no Afreximbank, o Conselho Directivo do INPS decidiu aumentar o valor para 600 mil contos”.
Segundo o relatório apresentado na última reunião do Conselho Directivo, no passado dia 28 de Março, sobre a proposta de aplicação do INPS no capital social do Afreximbank, a que A NAÇÃO teve acesso, o instituto justifica essa aplicação financeira no mercado internacional com “a possibilidade” de, através dessa “estratégia”, poder “concretizar os seus intentos de rentabilidade e desterritorialização dos investimentos”.
O relatório, que é assinado pela Comissão Executiva do INPS, refere ainda que “pela robustez dos balanços de 2016 da empresa (INPS) acredita-se estar perante uma boa oportunidade de investimento perfeitamente enquadrada na estratégia de rentabilização da carteira de activos e alinhado com os objectivos de longo prazo da instituição”.
No mesmo documento, o INPS justifica ainda que o instituto “é, e sempre foi”, um dos principais investidores institucionais do país, absorvendo grande parte da divida pública interna, e que se encontra presente no capital de grandes empresas de sectores estratégicos, além de investir em obrigações emitidas por empresas públicas e privadas. Perante este quadro, o relatório destaca que o INPS acaba por garantir, “em certa medida”, “a estabilidade do sector financeiro através dos depósitos bancários”.
Esta será a primeira experiência de aplicação do género levada a cabo pelo INPS, que passou assim a investir no mercado financeiro externo. Em suma, a referida proposta atesta que a entrada de capital do INPS no Afreximbank tem como principal objectivo “dispersar os riscos em termos geográficos e com ela favorecer o financiamento do sector privado nacional pela via do capital externo, podendo por esta via alavancar a economia nacional”.
Porém é de notar que, antes da ASA e o INPS ( duas instituições do Estado, tal como o BCV), avançarem com os seus investimentos no Afreximbank, o Governo de Cabo Verde já havia assinado, em Fevereiro deste ano, um protocolo de financiamento da economia cabo-verdiana com esse banco africano valor de 500 milhões de dólares. Destes, 400 milhões destinam-se a projectos privados, alguns deles em curso, por exemplo, na ilha de São Vicente, como o empreendimento turístico Golden Tulip.

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