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Política

Desemprego: PAICV diz que MpD está numa interpretação criativa do dados do INE

O PAICV considera que os dados sobre o emprego, publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) “demonstram, claramente, que as políticas do MPD não tem passado de palavras ocas e sem nenhum efeito prático na vida das pessoas”.
O maior partido da oposição congratula-se, no entanto, com a publicação dos dados pelo INE, “não obstante mais uma vez, o Governo ter falhado o compromisso de divulgação trimestral dos dados relacionados com o emprego”.
Segundo o secretário-geral do PAICV, “por mais voltas que se dê, numa interpretação criativa dos ventoinhas, não se escondem a ineficiência, a ineficácia e a falta de efetividade que caracterizam as politicas deste Governo, para a melhoria do ambiente do negócios e a projeção de Cabo Verde para o ao TOP 50 do doing business”.
Para Julião Varela, esses dados revelam uma “dinâmica preocupante” da evolução do mercado de trabalho, através da “degradação” de vários indicadores chave do mercado de trabalho sendo de destacar a redução significativa da população ativa e da taxa de actividade mas também de um forte crescimento da taxa de inatividade ou seja os desencorajados.
“É preocupante ver que em 2017, a aparente diminuição da taxa de desemprego, nos indica que a economia não teve capacidade de geração do emprego, muito pelo contrário, os dados apontam pela destruição líquida do emprego, pelo que o problema que deve ser explicado é para onde foram parar os 5950 cidadãos que estavam empregados em 2016 e que ficaram desempregados em 2017”, alega.
O secretário-geral do PAICV diz ainda que “apesar de muitas medidas anunciadas sobre a melhoria do relacionamento com o sector privado e do ambiente de negócios os resultados tem sido francamente negativos, havendo redução de emprego neste sector”.
Para Julião Varela os dados do emprego durante o ano de 2017 revelam que a população empregada diminui de 209.725 para 203.775 pessoas, ou seja, uma destruição de (5.950 pessoas) o que corresponde a 2,8%. “De 2016 para 2017, regista-se uma diminuição da taxa de emprego de 54,2% para 51,9%”.
O número de inactivos aumentou em 19.690 efectivos e a taxa de inactividade é estimada em 40,8%, ou seja pessoas desempregadas que “desanimaram” e deixaram de procurar trabalho.
“Se tivermos em conta que foram criados 8531 postos de trabalho e foram destruídos 5950 significa que em termos líquidos ficamos com 2581 empregos, muitíssimo longe dos 9.250 postos de trabalho prometidos pelo MPD”, afirma o dirigente do maior partido da oposição que considera que falar em 12% do desemprego “é muito bom” mas “pode ser enganador se analisarmos friamente, do ponto de vista económico, os dados que contribuem para esta taxa”.
É que, segundo Julião Varela, uma análise isolada dessa taxa pode ser “perniciosa”, como parece ser o caso em que a descida da taxa de desemprego “não revela uma dinâmica positiva da evolução do mercado de trabalho”.
Se no ano passado o MPD tinha feito a festa com a redução da população inativa (Dizendo que se tinha animado com a vitória do MPD, o que dizer agora com o aumento dos inativos em 19 mais de mil pessoas, um ano depois?) Quer isto dizer que essas pessoas que se tinham animado estão agora desesperadas?”, interroga.
 
 

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