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Economia

Sal: Estamos a viver numa “sociedade depravada” – moradores de Santa Maria

Os moradores de Santa Maria, na ilha do Sal, lamentam a situação de droga e prostituição que se assiste na cidade turística, envolvendo, particularmente, jovens, asseverando que se está a viver numa “sociedade depravada”.
Alguns moradores abordados pela Inforpress atentam que o crescimento acelerado da cidade de Santa Maria, na ilha do Sal, no seu todo, não vem acompanhado de desenvolvimento, observando que o turismo não é só ter hotéis, sol e praia, cientes, porém, de alguma mudança, requalificação urbana, nos últimos anos.
A falta de hospital, médicos e enfermeiros, iluminação pública, melhor saneamento, condições e qualidade de vida, poluição sonora, são alguns de entre outros aspectos que inquietam a maioria dos interlocutores, para quem Santa Maria continua sendo vila, embora elevada à categoria de cidade.
Apontando que é um lugar onde se pode viver ainda com alguma tranquilidade e segurança, lamentam, entretanto, a situação de droga e prostituição que se vive naquela cidade, resultante, conforme dizem, do impacto do desenvolvimento do turismo e, por a ilha do Sal, enquanto cosmopolita, importar males sociais a nível nacional e de outros quadrantes.
“Hoje, estamos a viver numa sociedade um tanto ou quanto depravada, em que jovens, infelizmente, têm a droga e prostituição como prato forte do dia. Isso é o que assistimos no dia a dia. Droga e prostituição é o que mais abunda em Santa Maria”, disse à Inforpress Artur Estrela, um dos moradores mais antigo da cidade de Santa Maria, referindo-se também aos espaços de striptease, que no seu entendimento traduz-se noutra “perdição”.
Arlinda Silva, outra moradora, admitindo que o turismo trouxe desenvolvimento, manifesta-se, igualmente, preocupada com o rumo das coisas, já que turismo, observa, arrasta também coisas más, que , a seu ver, estão a tomar conta da cidade.
“Os jovens não estão nem aí. Infelizmente, estão a enveredar-se por esses caminhos. Vê-se crianças na rua, sem governo… uma tristeza. Não sei aonde vamos parar. Toda a gente quer um país, cidade, desenvolvidos… mas há que haver regras e limites. As autoridades devem actuar em conformidade”, desabafou.
Corroborando da mesma opinião, a dona Celeste vai mais longe, dizendo que nos dias de hoje há uma inversão de valores, falta de respeito e consideração para as pessoas, ao invés de se pautar pela decência e coisas “boas da vida”.
“Ausentes de Deus, as pessoas estão a deixar o diabo tomar conta do mundo. Deus deu-nos o nosso livre arbítrio, não somos robô. Infelizmente, a tendência é fazer o mal. Santa Maria de cidade não tem nada. Vimos recebendo só más influências”, exteriorizou.
Confrontado com os desabafos dos mais velhos, um jovem que não quis ser identificado, admite a situação atirando essa:
“Não há trabalho para toda gente. O jovem tem de agarrar em algo para aliviar o stress por estar desocupado o tempo todo, ou por trabalhar horas a mais, sem ser compensado… Porque é assim. Vemos o mundo diferente. As pessoas é que estão retrógradas. Quem não gosta de se divertir…”, questionou, entre risos.
Inforpress

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