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Política

Francisco Ribeiro Telles nomeado por Portugal para secretário-executivo da CPLP

O embaixador Francisco Ribeiro Telles foi o escolhido por Portugal para o cargo de secretário-executivo da CPLP no biénio 2019-2020, aguardando agora a confirmação na cimeira da organização em julho, adiantou fonte oficial da CPLP.
A mesma fonte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse à agência Lusa que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já enviou carta a indicar o nome para o Presidente do Brasil, país que ocupa atualmente a presidência da CPLP.
A decisão final sobre se Francisco Ribeiro Telles vai ocupar o cargo será tomada na próxima cimeira da CPLP, que se realiza nos dias 17 e 18 de julho, em Santa Maria, na ilha cabo-verdiana do Sal.
Ao longo da sua carreira, Francisco Ribeiro Telles já foi embaixador em Roma, em Luanda e em Brasília.
Em fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tinha dito que Portugal iria nomear um representante para assumir o secretariado-executivo da CPLP, como ficou previsto há cerca de dois anos.
“Nós, na próxima cimeira tomaremos a decisão em relação ao próximo secretário-executivo”, disse Santos Silva na altura, à margem de uma visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa a São Tomé.
O ministro lembrou que o acordo celebrado na altura “entre todos os países-membros” da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e teve a ver com a decisão de evitar que um país africano ficasse pela primeira vez na história da organização afastado dos órgãos decisórios da comunidade, uma vez que o Brasil teria a presidência e caberia a Portugal escolher o secretário-executivo.
A escolha da personalidade que iria suceder ao moçambicano Murade Murargy no secretariado-executivo da CPLP causou mal-estar na comunidade, depois de alguns países terem invocado a existência de um “acordo de cavalheiros” segundo o qual Portugal abdicava de ocupar este cargo por acolher a sede da organização em Lisboa.
Segundo a sucessão, que decorre normalmente por ordem alfabética, caberia a Portugal assumir o lugar no biénio 2017-2018.
Durante uma reunião dos chefes da diplomacia da CPLP em Lisboa, em março de 2016, o Governo português cedeu a vez a São Tomé e Príncipe – o país que se seguiria a Portugal -, ficando desde logo acordado que aquele país africano abdicaria de renovar o mandato, como tradicionalmente acontece.
Na ocasião, o ministro Augusto Santos Silva explicou que a decisão pretendia garantir que um país africano ocupasse um dos dois cargos de responsabilidade da CPLP, já que o Brasil assumiu a presidência ‘pro tempore’ entre 2016 e 2018.
São Tomé indicou então Maria do Carmo Silveira, que assumiu o cargo de secretária-executiva em janeiro de 2017.
No âmbito da proposta de Lisboa, caberá a Portugal escolher o próximo secretário-executivo, no biénio 2019-2020. Cabo Verde ficará com a presidência da organização, após a cimeira de chefes de Estado e de Governo de julho próximo.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Lusa

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