O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, João Fadiá, anunciou uma contribuição de um milhão de dólares (cerca de 813 mil euros) para o Fundo Comum do Projecto de Apoio à Organização de Eleições Legislativas, previstas para este ano.
“É um virar de página, queremos dar este sinal, que aliás vem na sequência de outros esforços feitos no âmbito do Orçamento Geral do Estado de 2017, com o financiamento de todo o processo de atualização da cartografia eleitoral”, sustentou Fadiá, citado pela Lusa.
O governante falava durante a assinatura do Projecto de Apoio à Organização das eleições legislativas de 2018, salientando que, “se houver mais condições, não deixaremos de assumir a nossa responsabilidade, porque quem deve organizar e sustentar todo o processo eleitoral devem ser as autoridades do país, que, naturalmente, têm o maior interesse”.
O Projeto de Apoio foi assinado entre o Governo da Guiné-Bissau e o representante especial do secretário-geral da ONU para o país, Modibo Touré, que também representou a União Europeia.
Na cerimónia, Modibo Tourá frisou que a “participação na vida política é uma pedra angular da democracia e uma forma fundamental dessa participação é a eleição dos seus representantes de forma livre, justa e transparente”.
O Projeto visa registar os eleitores, de “forma fiável”, para as legislativas de 2018 e a “realização de eleições transparentes e credíveis, organizadas de acordo com a legislação nacional e os padrões internacionais”, refere, em comunicado, a representação da União Europeia, em Bissau.
Assistiram à assinatura do acordo o representante da União Africana em Bissau, Ovídeo Pequeno, bem como o corpo diplomático.
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ouviu, recentemente, os partidos políticos do país, para decidir a data das próximas eleições legislativas, que devem acontecer até ao final de 2018.